Um dos personagens do atual momento do Guarani é o volante Gabriel Bispo. Desde sua entrada na equipe, junto com o zagueiro Matheus Salustiano e o lateral direito Pacheco, o sistema defensivo ganhou força. E no ataque, os três, que foram os primeiros reforços a chegarem na janela do meio do ano, também estão mostrando competência. Salustiano já marcou gol, Pacheco é presença constante no apoio e, na última rodada, foi a vez de Bispo revelar seu lado atacante. De cabeça, garantiu a vitória do Guarani por 2 a 1 sobre o Coritiba.
Bispo comentou nesta sexta-feira (6) sobre seu gol, mas também não deixou de falar sobre suas impressões a respeito da mudança de ambiente dentro do Brinco de Ouro. Ao chegar, ele foi integrado a uma equipe abalada em razão dos maus resultados, mas hoje a situação é diferente.
A sequência invicta coloca o Guarani numa condição de candidato a deixar a zona de rebaixamento, embora ainda seja o lanterna da Série B. Ao comparar a fase anterior com a atual, Bispo vê um grupo mais participativo e falante do que aquele com o qual se deparou assim que foi contratado.
“Hoje, vejo o grupo mais comunicativo e participativo. Existe uma cobrança maior, no sentido construtivo. Quando cheguei, a equipe era mais calada”, comparou o volante.
O gol marcado na última rodada foi resultado, principalmente, do trabalho desenvolvido pelo técnico Allan Alal, na avaliação de Bispo, que tem como principal característica a função de primeiro volante de marcação. No lance, ele aproveitou o cruzamento da esquerda e, na primeira trave, desviou de cabeça para anotar seu primeiro gol com a camisa bugrina.
“O Allan passa confiança ao grupo, tanto para quem vem jogando quanto para os que entram durante as partidas. Assim, temos liberdade para pisar na área também e ser elemento surpresa”, afirma.
Bispo conta que o último gol que havia marcado antes de balançar a rede na rodada passada foi em 2023, quando jogava no KuPS, da Finlândia. Nesta sexta, o volante lembrou de sua passagem pelo país europeu.
“Jogava no Vitória e surgiu a oportunidade de me transferir. Aceitei o desafio e a experiência foi positiva, pois é um país com boa qualidade de vida. Só que depois de duas temporadas resolvi voltar porque não aguentava mais o frio”, diz com bom humor o baiano de Porto Seguro.