O governador Rodrigo Garcia (PSDB) passou a usar colete à prova de balas. O aparato foi adotado após ameaças do crime organizado, segundo apurou a redação junto ao seu staff. Oficialmente, a sua assessoria não trata do tema de forma específica. Na manhã desta sexta-feira, uma nota foi enviada à imprensa:
“A segurança do governador é realizada pela Casa Militar, com planejamento do seu Setor de Inteligência e execução pelo seu efetivo policial especializado. A Casa Militar não comenta dados estratégicos elaborados pelo Setor de Inteligência e não detalha o planejamento de segurança da autoridade estadual, com o objetivo de não expor a riscos o governador de São Paulo e seus familiares. A Casa Militar vai manter o constante monitoramento de qualquer ameaça e a readequação do planejamento da segurança, de acordo com o cenário”, finaliza o texto.
As ameaças teriam ligação com falas contundentes de Garcia sobre a repressão ao crime organizado, acentuando que será enérgico com as facções.
Posição no Datafolha
O governador está em terceiro lugar na corrida ao Palácio dos Bandeirantes, segundo a última pesquisa Datafolha, divulgada nesta quinta-feira. Nas intenções de voto, Rodrigo tinha 11% no 18 de agosto e agora aparece com 15%.
Tarcísio de Freitas está com 21% e Fernando Haddad caiu de 38% para 35%. Foram ouvidas 1.808 pessoas entre os dias 30 de agosto e 1º de setembro em 74 municípios paulistas. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos. O nível de confiança é de 95%. A pesquisa foi registrada no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) sob o número SP-04954/2022
A avaliação do governo Rodrigo Garcia (PSDB) registrou ótimo e bom para 27% dos entrevistados na pesquisa. O desempenho melhorou em comparação ao levantamento de 18 de agosto, quando o atual governador do Estado registrou 22% de índice ótimo e bom. A desaprovação caiu no período comparado de 17% para 14%.
A pesquisa também avaliou a rejeição dos candidatos. Entre os principais nomes na corrida eleitoral em São Paulo, a rejeição de Rodrigo Garcia recuou de 20% para 16%. Por outro lado, a rejeição de Fernando Haddad (PT) subiu de 30% para 36%, e a de Tarcísio de Freitas (Republicanos), cresceu de 22% para 24% entre os dois períodos comparados na pesquisa.
O cenário hoje é de polarização política entre os candidatos apadrinhados por Lula e Bolsonaro, o que não inclui Rodrigo.