A Secretaria Municipal de Saúde aplicou 10.178 doses da vacina Contra covid-19 até as 12h30 deste sábado, 22 de janeiro, Dia D de primeira dose para crianças de 5 a 11 anos e de dose adicional para adultos. Do total, foram 2.630 doses em crianças de 5 a 11 anos; já nos adultos foram 7.424 doses adicionais, 96 segundas doses e doses únicas e 28 primeiras doses.
Entre 8h e 17h, 37 centros de saúde, sendo 13 exclusivos para crianças, estarão abertos para vacinar as pessoas agendadas.
Foram oferecidas 17.600 vagas para adultos e 6.500 vagas de primeira dose para crianças. Agendamentos e mais informações sobre a imunização contra a covid-19 em Campinas estão disponíveis no site https://vacina.campinas.sp.gov.br.
Indígena entre os vacinados
Anna Beatriz Alves, de 8 anos, é mais uma criança indígena a tomar a vacina Contra a covid-19 em Campinas. Ela recebeu a primeira dose do imunizante na manhã deste sábado, 22 de janeiro, no Centro de Saúde de Barão Geraldo, no Dia D de vacinação.
Durante todo o dia, estão sendo vacinados adultos com a dose adicional e crianças, de 5 a 11 anos, com a primeira dose. Entre 8h e 17h, 37 unidades de saúde, sendo 13 apenas para crianças, estarão disponíveis para atender a população agendada.
Anna Beatriz chegou ao centro de vacinação acompanhada da mãe, Edilene Alves, que nasceu na tribo Munduruku, no Norte do Brasil, extremo Sul do estado do Amazonas, e atualmente é moradora de Campinas.
“Eu quero muito voltar para a escola como antes, poder brincar de novo com os meus amigos”, disse Anna Beatriz, logo depois de se vacinar.
“Quando eu era criança, eu e meus amigos víamos a canoa chegando pelo rio, com os médicos e o isopor com as vacinas, e sabíamos que era dia de vacinação na criançada”, conta Edilene.
A mãe acredita que a vacinação em crianças é um incentivo e um direito que ela e todas as crianças brasileiras têm. E continua: “Também levei minha mãe para vacinar. Quando eu era pequena, ela me levava e, agora, sou eu”, afirmou Edilene.
Cocar, arco e flecha
Na última quarta-feira (19), um adolescente indígena de 12 anos, recém-completados, foi até um posto de vacinação, em Campinas, para receber a primeira dose do imunizante contra a Covid-19. Ele estava carregando um arco e flecha, além de usar pintura facial e ostentar um cocar, famoso ornamento de cabeça, característico dos povos indígenas.
O uso da indumentária é uma forma de ressaltar o orgulho das origens e uma forma de mostrar que mesmo estando fora das comunidades ou aldeias, eles continuam sendo indígenas e carregando suas tradições.
Ele e a família são da etnia Guarani Mbya, e moram há quatro anos, na Vila Lafayette Álvaro, na região do Jardim Flamboyant. O menino Anthony Aluísio de Barros que tem o nome indígena Tony Mirim, que significa pequeno, foi levado pela avó Luciana Denize Caetano, de 46 anos, conhecida como Lu Ahamy, para receber a primeira dose do imunizante da Pfizer no Centro de Saúde Parque Floresta, no período da manhã.
A vacinação de Tony Mirim foi acompanhada com exclusividade pela reportagem do Hora Campinas. Ele foi o primeiro indígena de Campinas a receber o imunizante pediátrico.