Os 66 centros de saúde de Campinas realizaram quase 400 mil atendimentos a mais no primeiro semestre deste ano em relação ao mesmo período de 2021.
De janeiro a junho de 2023 foram realizadas 1.658.228 assistências. No ano retrasado, 2021, foram 1.258.895 neste mesmo período. Se comparado com o primeiro semestre de 2022, são cerca de 160 mil atendimentos a mais neste ano, já que no ano passado foram realizados 1.499.302. Os dados são da Prefeitura.
Entre as razões da ampliação no número de atendimento na cidade está o aumento das equipes da saúde da família, que saltaram de 186 em 2021 para 235 este ano. A quantidade atual é a maior da Secretaria de Saúde. Em 2022 eram 211.
Outro motivo que colaborou com a elevação dos atendimentos, segundo avaliação da Administração Municipal, foi a implantação da Saúde Digital.
“Esse aumento de ofertas e de equipes se deve a diversos fatores, entre eles a readequação dos recursos humanos, o início da Saúde Digital, a reestruturação da saúde básica e a capacitações de profissionais. A prioridade da nossa gestão é a qualificação de toda a rede”, afirma o secretário de Saúde Lair Zambon.
De acordo com a diretora de Saúde, Mônica Macedo Nunes, o aumento das equipes foi gradual e começou em janeiro, apesar de o credenciamento oficial ter sido publicado no Diário Oficial da União no mês passado. “Os dados de julho deste ano ainda não foram fechados, mas não temos dúvidas de que a oferta de atendimentos foi ainda maior”, observa.
A acompanhante de idosos Adriana Fernandes dos Santos é paciente do CS São Cristóvão há 25 anos. Ela é uma das pessoas que sentiu a diferença do aumento das equipes.
“Os intervalos das consultas estão menores. Sempre que procuro consigo agendar rapidamente. O mesmo vale para meu pai e meu sobrinho”, diz Adriana.
As equipes de saúde da família são responsáveis pelos atendimentos dos centros de saúde. “Elas são divididas por bairros, que têm os grupos de referência na unidade, são formadas por um médico, um enfermeiro, dois técnicos de enfermagem e quatro agentes comunitários de saúde. A quantidade das equipes em cada unidade varia de acordo com a vulnerabilidade da região. Os grupos também fazem acompanhamento nas casas das famílias”, explica a diretora.
Segundo Mônica, a expectativa da Secretaria de Saúde é que a quantidade de equipes seja novamente ampliada no começo do ano que vem. “Com isso, vamos conseguir aumentar os atendimentos de prevenção para que as pessoas não adoeçam. Esta é uma função muito importante na rede de saúde e deve começar pela Atenção Básica”, projeta.