Com 4ºC registrados às 6h50, Campinas bateu o recorde de temperatura mais baixa do ano, segundo a pesquisadora Ana Ávila, do Centro de Pesquisas Meteorológicas e Climáticas Aplicadas à Agricultura (Cepagri) da Unicamp. A sensação térmica foi ainda mais baixa, por volta dos 3ºC às 7h.
A temperatura mais baixa do ano, até então, tinha sido 4,2ºC, no dia 30 de junho.
A temperatura de hoje, segundo a pesquisadora, também é a menor desde julho de 2000. “O que explica esse frio é que uma massa de ar polar veio do Sul com uma trajetória bem continental. Antes, tinha um bloqueio atmosférico. Quando essas massas chegavam ao Sul não conseguiam avançar. Mas ela rompeu esse bloqueio e conseguiu chegar à nossa região, muito rápido. Por isso, está muito frio e muito seco”, explica a pesquisadora.
Por conta do tempo seco e as temperaturas baixas, podem acontecer geadas em diversos pontos.
Segundo a pesquisadora, nesta quarta-feira (21) ainda vai ter frio, mas com temperatura em elevação. A mínima deve ser de 7ºC. “A expectativa é que tenha um aumento progressivo da temperatura até o final de semana, com mínimas entre 11 e 12ºC e máximas entre 24 e 25ºC”, adianta.
Hortaliças congelaram
Por conta do frio, verduras e hortaliças congelaram em virtude da geada. O fenîomeno foi registrado em plantações no bairro Três Marias em Campinas, no distrito de Nova Aparecida.
Até o final de semana não existe previsão de chuva e a umidade relativa do ar continua baixa, sempre abaixo dos 30%, de acordo com Ana Ávila.
De acordo com a Defesa Civil, o Município está em Estado de Alerta por conta da baixa umidade. Às 9h40, o índice atingiu 19,1%, segundo medição registrada pela Estação Ciiagro/IAC Campinas Região Norte. O Estado de Alerta é emitido quando a umidade relativa do ar está reduzida, com índice entre 12% e 20%.
A principal recomendação é aumentar a hidratação corporal, ingerindo água à vontade. Idosos e crianças devem receber atenção especial para não desidratar. Deve-se evitar exercícios físicos e trabalhos ao ar livre entre às 10h e 16h, evitar aglomerações em ambientes fechados e usar soro fisiológico para olhos e narinas.