Campinas é investigada pela Vigilância Epidemiológica de Jundiaí como possível local de contaminação do casal de namorados que morreu esta semana, após apresentar febre e manchas pelo corpo. A suspeita é de que eles possam ter sido vítimas de febre maculosa, dengue ou leptospirose. As mortes ocorreram apenas cinco dias depois do surgimento dos primeiros sintomas.
O piloto Douglas Costa, de 42 anos, morador de Jundiaí, faleceu na cidade na última quinta-feira (8). No mesmo dia, a namorada dele, a dentista Mariana Giordano, morreu em um hospital da capital paulista. Ambos apresentaram febre, dores no corpo, manchas na pele e evoluíram rapidamente para óbito.
A Vigilância de Jundiaí informou que os sintomas tiveram início no dia 3 de junho, logo depois de o casal ter passado pela zona rural de Campinas e no mesmo dia em que chegou à cidade de Monte Verde, onde permaneceu por dois dias.
As amostras biológicas colhidas dos dois foi enviada ao Instituto Adolfo Lutz, na Capital, para definição do diagnóstico.
A Secretaria de Saúde de Campinas confirmou duas mortes por Febre Maculosa Brasileira (FMB) neste ano no município. As vítimas (um homem e uma mulher) tinham 47 e 62 anos e ambos viviam na região de Sousas. Em 2022, foram 11 casos, com sete mortes.
A febre maculosa é uma infecção grave, transmitida pelo carrapato estrela infectado.
Caso a pessoa passe por áreas de vegetação, mato ou pastos, especialmente próximas de cursos hídricos, onde há presença de cavalos e capivaras, deve ficar atenta, por cerca de 15 dias, aos sintomas da doença, que são febre, dor de cabeça, dor intensa no corpo, mal-estar generalizado, náuseas, vômitos e, em alguns casos, manchas vermelhas pelo corpo.