O Conselho Municipal de Saúde de Campinas (CMS) e o Movimento de Luta Antimanicomial de Campinas (MLAC) estão convidando os delegados e delegadas eleitos (as) nas pré-conferências distritais e conferências livres a participarem da 3ª Conferência Municipal de Saúde Mental de Campinas (CMSMC), que será realizada nos dias 8, 9 e 10 de abril, no Campus 2 da PUC-Campinas.
O encontro de 2022 ocorre 12 anos depois do anterior, realizado em 2010. O encontro será presencial, respeitando todos os protocolos sanitários impostos pela pandemia de Covid-19, como obrigatoriedade de máscara o tempo todo, uso de álcool gel e limite de 70% de ocupação dos auditórios. Também, em cumprimento às normas sanitárias, só poderão participar presencialmente da Conferência, os delegados e delegadas eleitos (as) em uma das cinco pré-conferências distritais e nas conferências livres.
O encontro vai abordar a luta antimanicomial e a defesa do cuidado em liberdade, rumo aos avanços e garantias dos serviços de atenção psicossocial no Sistema Único de Saúde (SUS).
Gestão, financiamento, formação e participação social na garantia dos serviços de saúde mental; políticas de saúde mental e os princípios do SUS: universalidade, integralidade e equidade; impactos na saúde mental da população e os desafios para o cuidado psicossocial durante e pós-pandemia são os outros eixos que serão discutidos na conferência.
No início desse mês, usuários e usuárias do Núcleo de Oficinas de Trabalho (NOT) do Serviço de Saúde dr. Cândido Ferreira realizaram a Plenária Livre Trabalho e Saúde Mental. Também foram realizadas as Conferências Livres das Mulheres Saúde Mental e Equidade, a da luta LGBTQUIA+ e Saúde Mental e a do Racismo e Saúde Mental, todas como preparatórias da 3ª CMSMC e da 5ª Conferência Nacional de Saúde Mental (CNSM), ocasiões em que foram preenchidas as vagas remanescentes de delegados e delegadas usuários do serviço.
Nayara Oliveira, presidenta do CMS destaca que, historicamente, as políticas públicas de saúde mental são baseadas nas diretrizes apontadas pelas conferências, e o hiato de 12 anos da conferência anterior mostra que a saúde mental não tem sido encarada como prioridade pelos governantes.
“Isso é paradoxal, porque Campinas sempre esteve na vanguarda da luta antimanicomial. Campinas, Santos e São Paulo foram as primeiras cidades brasileiras a implantar os Centros de Atenção Psicossocial (CAPs), um passo importante na luta antimanicomial”, afirma.
As atividades da 3ª Conferência estarão concentradas no Auditório Monsenhor Doutor Emílio José Salim e no bloco “A” do Centro de Ciências da Vida do campus 2 da PUC-Campinas (Av. John Boyd Dunlop, Jd. Ipaussurama). A Conferência será transmitida pelo Facebook do CMS https://facebook.com/conselhomunicipaldesaudedecampinas/ e no canal do Youtube do Centro de Educação dos Trabalhadores de Saúde (CETS).