A Secretaria de Saúde de Campinas confirmou nesta segunda-feira (29) o registro recorde de 60 mortes por Covid-19. O recorde anterior, em um mesmo boletim, era de 38 mortes e foi divulgado no dia 22 de março. De acordo com a Administração, o número refere-se às mortes confirmadas nas últimas 72 horas. Com o balanço desta segunda-feira, o número de pessoas infectadas pelo vírus em Campinas chegou a 79.607. O de mortes chega a 2.315.
A maioria dos óbitos, segundo a Prefeitura, refere-se ao período anterior às ações de restrição de circulação de pessoas e de serviços adotadas no município. Seria anterior também ao início da Fase Emergencial do Plano São Paulo. A Administração diz isso porque, segundo ela, as pessoas ficam internadas por 18 dias, em média.
A Administração diz que no caso dos dados divulgados nesta segunda-feira, as mortes ocorreram entre 6 de fevereiro e 29 de março; porém, na maioria dos casos, os sintomas foram observados entre 18 de janeiro e a primeira quinzena de março.
Por meio de nota oficial, o prefeito Dário Saadi diz se solidarizar com as famílias e amigos das vítimas e lembra que o número é mais um alerta para a população sobre a importância das medidas mais restritivas adotadas pelo município, como o toque de recolher, as barreiras sanitárias e o fechamento de serviços não essenciais.
O prefeito reforçou que a melhor prevenção ainda é o distanciamento social, o uso de máscara e a higienização das mãos. Ressaltou que a Administração segue organizando a campanha de vacinação contra a Covid-19, com agendamento para as pessoas de acordo com a chegada das doses da vacina.
Leitos
Além do elevado número de mortes registradas, a segunda-feira foi marcada também por forte pressão por leitos para tratamento da Covid. A cidade fechou o dia com uma taxa de ocupação de leitos de UTI de 97,7% – pouco abaixo do recorde verificado na última sexta-feira (26), quando chegou a 98,19% de ocupação.
Segundo a secretaria da Saúde, a cidade contava nesta segunda-feira com 436 leitos de UTI exclusivos para pacientes com Covid-19 nas redes pública e particular. Deste total, 426 estavam ocupados. Havia, portanto, apenas 10 leitos livres nas duas redes.
Outro número preocupante: a secretaria contabilizou 188 pacientes com Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) à espera de leitos de enfermaria e de UTI hoje no SUS municipal.
A rede municipal tinha 153 leitos disponíveis e todos eles estavam ocupados. O SUS Estadual – AME e Hospital das Clinica da Unicamp – tinha apenas um leito livre. A rede contava com 40 leitos reservados e 39 ocupados.
Na rede particular eram nove leitos livres. Dos 243 leitos disponíveis, 234 foram ocupados – num índice de ocupação de 96,3%.