O balanço parcial da Operação Chuvas de Verão 2023/2024 de Campinas, apresentado pela Defesa Civil, apontou que o maior índice de chuva registrado no período de dezembro do ano passado até o último dia 25 de março, foi de 92,4 milímetros (mm) – captados na estação Jardim das Bandeiras, no mês de janeiro.
No período, a Defesa Civil registrou 1.243 ocorrências, sendo as principais referentes a queda de árvores e galhos, e alagamentos em imóveis e vias. A maior média mensal foi registrada em dezembro, com 324,1 mm, sendo que o esperado para o mês eram 209,1 mm.
Até o momento, os índices pluviométricos dos demais meses da Operação Verão ficaram abaixo da média, mas a preocupação do Comitê de Gestão de Risco e Desastres continua sendo a incidência de temporais e vendavais.
No mesmo período, o município entrou em estado de atenção 18 vezes pelo volume de chuva.
E 20 vezes pelo registro de altas temperaturas, sendo que o dia 8 de janeiro foi o mais quente, com a temperatura de 35,5° centígrados.
“Nós estamos no final da Operação Chuvas de Verão que tem sido bastante exitosa. Não tivemos nenhum óbito e os índices de chuva ficaram dentro da média, porém, a grande preocupação continua sendo os temporais”, comentou o coordenador regional e diretor do Departamento de Defesa Civil de Campinas, Sidnei Furtado Furtado, durante a apresentação dos dados nesta quarta-feira (27).
Radar
Ainda de acordo com ele, a expectativa é que o radar que será instalado na Unicamp possa ser utilizado durante a próxima Operação Chuvas de Verão. A conquista da implantação desse radar é resultado de um trabalho realizado com a Agência Metropolitana de Campinas (Agemcamp), com os prefeitos da RMC e com a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).
“O radar que será instalado vai proporcionar uma cobertura maior em toda a cidade e região metropolitana. Esse é um grande avanço porque vai possibilitar mais precisão, maior cobertura de monitoramento e, consequentemente, alertas mais precisos. Os radares utilizados atualmente estão localizados no município de Bauru e de Salesópolis”, explicou Furtado.
Números
Entre as principais ocorrências registradas estão queda de 95 árvores; queda de 58 galhos de árvores; e 62 alagamentos em imóveis e vias públicas de Campinas. Até o final do mês de fevereiro, o número 199 da Defesa Civil recebeu 8.522 ligações.
No quesito prevenção, a Defesa Civil informou que foram realizadas 34 vistorias preventivas e 33 campanhas educativas com a distribuição de 7.800 folhetos informativos.
Prorrogação
A Comissão Executiva da Operação Chuvas de Verão 2023/2024 do Estado de São Paulo decidiu, nesta quinta-feira, 28 de março, prorrogar a operação até o dia 15 de abril. A decisão foi anunciada durante reunião on-line e foi tomada devido às previsões meteorológicas para o Estado na próxima quinzena.
A Operação Chuvas de Verão agrega um conjunto de medidas para a redução dos riscos de desastres, como vistorias preventivas e monitoramento de áreas de risco de enchentes, que tem como objetivo minimizar as consequências das chuvas fortes e dos temporais típicos da estação mais quente do ano.
Em Campinas, as ações são conduzidas por um Comitê Gestor que reúne várias secretarias e órgãos municipais sob o comando da Defesa Civil.
O coordenador regional de Defesa Civil, Sidnei Furtado, participou do encontro e reforçou que as equipes de todos os municípios permanecerão mobilizadas. “A extensão do período da Operação é importante porque se houver ocorrências as equipes já estão preparadas para atender a população. E com a prorrogação todos os envolvidos permanecem de prontidão o que facilita as interlocuções”, explicou.