Campinas registrou uma queda de 45,7% no número de casos de dengue no primeiro semestre deste ano em comparação com igual período de 2020. A cidade confirmou, até junho, 2.075 casos da doença transmitida pelo Aedes aegypti, enquanto nos primeiros seis meses do ano passado foram 3.825. Os dados foram divulgados nesta terça-feira, 13 de julho, pelo Departamento de Vigilância em Saúde (Devisa), por meio do Programa Municipal de Arboviroses. Não há registro de mortes pela doença em 2021.
A coordenadora do programa, Heloisa Malavasi, observa que este ano houve queda de temperatura a partir de abril, além de poucas chuvas.
“A dengue tem uma sazonalidade marcada com influência do clima. Temperaturas altas e chuvas favorecem o aumento da população dos mosquitos vetores e, consequentemente, a ocorrência de casos de dengue, desde que haja circulação viral”, afirma. A preocupação é com o próximo Verão, com a continuidade da circulação do vírus da dengue e com a ocorrência de casos de chikungunya, que neste ano registrou cinco casos, dois dos quais autóctones, ou seja, que foram contraídos na própria cidade.
“É o momento de intensificar as ações de controle de criadouros. A eliminação dos criadouros precisa ser feita semanalmente para interromper o ciclo de vida do mosquito”, orienta Heloisa.
Segundo os dados divulgados nesta terça-feira, as regiões Sudoeste e Sul são as que têm mais casos de dengue confirmados, com 545 e 433 respectivamente, seguidas da Norte com 429, da Leste com 388 e da Noroeste, com 280.
Na região Norte, o maior número de casos confirmados ocorreu na área do Centro de Saúde San Martin, com 126 registros no ano; na região Sul, o maior número ocorreu na área do Centro de Saúde Carvalho de Moura (90), enquanto na região Leste a área do Centro de Saúde Taquaral concentrou mais casos (92).
Já na região Sudoeste, a área de Centro de Saúde São Cristóvão teve mais registros (123) e na Noroeste, a área de abrangência do Centro de Ipaussurama computou mais casos (73).