No mesmo dia, o cenário artístico brasileiro perdeu duas grandes referências: Gal Costa e Rolando Boldrin. O corpo do cantor, compositor e ator Rolando Boldrin, 86 anos, será velado nesta quinta-feira (10), na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, até às 15h. Já o velório de Gal Costa acontece nesta sexta-feira (11), no mesmo local e horário.
O enterro de Boldrin será no Cemitério Gethsêmani, no Morumbi, às 17h, e o de Gal Costa será reservado à família e amigos, segundo a assessoria de imprensa da cantora, que faleceu vítima de um infarto.
Rolando Boldrin faleceu na tarde desta quarta-feira (9), em São Paulo, em decorrência de insuficiência respiratória e renal. Ele estava no ar semanalmente na TV Cultura no programa “Sr Brasil”, mas passou os últimos dois meses internado no Hospital Albert Einstein, em São Paulo.
Em maio deste ano, a TV Cultura homenageou Boldrin pelos 85 anos de vida com a exibição do documentário “Eu, A Viola e Deus”, dirigido por João Batista de Andrade. Ator de filmes premiados e de novelas, tornou-se compositor e grande contador de causos.
“Sou fundamentalmente um ator, esse tem sido meu trabalho a vida inteira; radioator, ator de novela, de teatro, de cinema, um ator que canta, declama poesias e conta histórias”, dizia o multitalento Boldrin.
No cinema estreou com o filme “Doramundo” (1978), de João Batista de Andrade, seguido de “O Tronco” (1999), do mesmo diretor, e fez o “O Filme da Minha Vida” (2017), de Selton Mello. Atuou em novelas como “O Direito de Nascer”, “Roda de Fogo”, “Cara a Cara” e “Os Imigrantes”.
Na televisão brasileira, passou pelas grandes emissoras. Apresentou Som Brasil, na Rede Globo; Empório Brasileiro, na TV Bandeirantes; e Empório Brasil, no SBT.
“A TV Cultura agradece pela honra de ter contado com o brilhantismo de Boldrin em sua programação. E manifesta os mais sinceros sentimentos aos familiares e amigos deste artista gigante que jamais será esquecido”, afirmou a e emissora.
Gal Costa
Assim como Rolando Boldrin, o corpo de Gal Costa será velado em cerimônia aberta ao público na Ales, em São Paulo. Consagrada como uma das maiores vozes do Brasil, a cantora Gal Costa morreu aos 77 anos.
Fã de bossa nova desde a adolescência, Gal fez seu primeiro show em 1964, na inauguração do Teatro Vila Velha, na capital baiana, já ao lado de nomes que lhe fariam companhia ao longo da carreira, como Caetano Veloso, Maria Bethânia, Gilberto Gil e Tom Zé.
Ao longo dos mais de 50 anos de carreira, Gal Costa marcou com sua voz composições de grandes nomes da música brasileira, como Aquarela do Brasil, de Ary Barroso, Festa do Interior, de Abel Silva e Moraes Moreira, Sonho meu, de Dona Ivone Lara e Délcio Carvalho, Pérola Negra, de Luís Melodia, e Chuva de Prata, de Ed Wilson e Ronaldo Basto.