Cerca de 450 mil pessoas fugiram de Rafah desde o último dia 6 de maio, revelou nesta terça-feira (14) a Agência das Nações Unidas UNRWA, enquanto o exército israelense intensificou a sua ofensiva contra aquela cidade do extremo sul da Faixa de Gaza.
“As ruas estão vazias em Rafah e as famílias fogem em busca de segurança. As pessoas enfrentam constante exaustão, fome e medo. Nenhum lugar é seguro. Um cessar-fogo imediato é a única esperança”, descreveu a Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Próximo Oriente conhecida por UNRWA.
Até há uma semana Rafah abrigava 1,4 milhões de pessoas. A cidade, na fronteira com o Egito, está sofrendo bombardeios aéreos intensos e de artilharia desde esta madrugada com os tanques israelenses avançando para oeste em direção ao centro da localidade.
A agência de notícias EFE descreve, com base no relato de um morador, que os tanques cruzaram o limiar da estrada Salah al Din e que confrontos ocorrem entre tropas israelenses e do Hamas na área urbanizada da cidade.
Vídeos publicados nas redes sociais, bem como nos canais de mídia palestinos mostram um ataque israelense na George Street, no bairro residencial de Geneina, no centro da cidade.
As Brigadas al-Qasam, o braço armado do Hamas, também avançaram com ataques de artilharia contra tropas israelenses estacionadas na passagem de Rafah, que faz ligação com o Egito.
Cerca de 100 caminhões da UNRWA estão atualmente no lado egípcio da fronteira, em frente à passagem de Kerem Shalom – que liga a Faixa de Gaza a Israel ao sul, muito perto do Egito – o que poderá indicar que mais ajuda humanitária entrará em Rafah nas próximas horas, disse uma testemunha à EFE. A passagem de Rafah com o Egito permanece fechada desde a última terça-feira (7).
(Agência Lusa)











