Os mais de 70mm que caíram em menos de uma hora em Campinas no final da tarde de terça-feira (17) foram responsáveis por centenas de problemas para os órgãos públicos. A Sanasa teve um acréscimo de 50% no número habitual de demandas, com 225 chamados, a maioria deles em relação a rede de esgotos.
A região do Taquaral, em especial a Rua Arlindo Carpino, foi arrasada em função de uma vala aberta por outra concessionária de serviço público que não teve tempo de tapar a obra que realizava no local. Resultado: toda a tubulação de água e esgoto da empresa campineira de saneamento foi arrastada pela violência da enxurrada, prejudicando o abastecimento para dez mil moradores da região.
Conforme a empresa foi necessário mobilizar toda a equipe de manutenção disponível para dar conta das ocorrências. O volume de chuvas foi tão grande que, inclusive, a captação de água no rio Atibaia teve que ser suspensa por 2 horas, em função do acúmulo de detritos – galhos de árvore em sua maioria – que o rio arrastou.
“Para a população ter uma ideia, considerando apenas o perímetro formado pelas rodovias Anhanguera, D. Pedro I e a Magalhães Teixeira, o volume de água que caiu em uma hora equivale aquilo que toda a população da cidade demora 6 horas para consumir. Foram mais de 8 bilhões de litros nessa região da cidade suficientes para encher 3500 piscinas olímpicas ou mesmo um reservatório do tamanho de um campo de futebol oficial com 1 quilômetro de altura”, aponta o presidente da empresa, Manuelito Magalhães.
A Sanasa informou ainda que permanecerá mobilizada, dentro da força tarefa determinada pelo prefeito Dário Saadi para recolocar a cidade de volta a normalidade.