Pela segunda vez no ano, uma clínica de reabilitação que funcionava de forma irregular em Nova Odessa foi fechada. Uma força-tarefa formada por equipes da Vigilância Sanitária, Saúde, Promoção Social, GCM de Nova Odessa e Polícia Civil deflagrou na quarta-feira (29) uma ação de fiscalização que culminou em novo fechamento do estabelecimento, localizado no bairro Chácaras Central.
A ação teve como alvo a mesma clínica de reabilitação que funciona de forma irregular nas Chácaras Central e que já havia sido interditada pela Vigilância Sanitária do Município no último dia 9 de fevereiro, por uma série de irregularidades e inadequações. Na ocasião havia cerca de 60 internos no local.
Segundo a Prefeitura de Nova Odessa, o caso é acompanhado desde o início das reclamações e denúncias tanto pela ViSa quanto pela Promoção Social do Município, a pedido do Ministério Público de São Paulo.
A ViSa recebeu na terça-feira (28) uma nova denúncia de que o estabelecimento irregular havia “reaberto” e mantinha internos contra sua vontade.
A ViSa acionou a Polícia Civil para uma ação conjunta na quarta-feira. Ao chegar ao local, as equipes confirmaram as denúncias, deixando claro que os responsáveis desobedeceram a ordem de interdição e encerramento imediato das atividades de fevereiro.
Mas as irregularidades continuavam iguais, segundo a ViSa, incluindo as condições insalubres do imóvel, falta de água potável e de alimentação adequada. Os internos estavam trancados com cadeado.
Eram cerca de 23 internos, muitos deles em condições precárias de saúde e que necessitavam de atendimento médico de urgência. Por isso, ao menos 10 pessoas foram levadas imediatamente para o Pronto-Socorro do Hospital Municipal por ambulâncias do Município, onde permanecem internados e sob tratamento e acompanhamento médico.
Os demais foram encaminhados de volta às suas respectivas famílias.
A ViSa emitiu novo auto de infração e lacrou novamente o estabelecimento.
Diante do flagrante, a Polícia Civil conduziu os responsáveis à Delegacia do Município, onde a ocorrência policial foi registrada e o caso, encaminhado ao Poder Judiciário. Foram detidos o “presidente” da “associação” e o coordenador ou gerente do “estabelecimento” irregular.
A Polícia Civil registrou a ocorrência como “sequestro e cárcere privado”, “maus-tratos” e “furto” (de energia).