Campinas começou a semana com pressão muito forte na rede de assistência a pacientes Covid. Registrou ocupação de 100% dos leitos nas redes públicas e 109 pacientes com síndrome respiratória aguda grave à espera de leitos de enfermaria e de UTI na rede municipal. A cidade contou nesta segunda, com 441 leitos de UTI exclusivos para pacientes com Covid-19 nas redes pública e particular de saúde.
Deste total, 430 estavam ocupados, o que corresponde a 95,53%. Há 11 leitos livres, mas todos eles na rede privada. A rede municipal disponibilizou 157 leitos. A rede SUS Estadual outros 38 leitos e a rede particular tinha 246.
Numa tentativa de reduzir o impacto, a Rede Mario Gatti acionou mais cinco leitos de enfermaria exclusivos para pacientes com Covid-19 no Hospital Ouro Verde. A rede garante que outros oito começarão a funcionar na sexta-feira (9), elevando para 77 o total de estruturas disponíveis na unidade.
A Rede diz que também há a previsão de mais 10 leitos de UTI exclusivos para Covid no Hospital Mário Gatti. No entanto, a ativação destas estruturas está na dependência de contratação de recursos humanos, especialmente médicos e equipes de enfermagem.
“Estamos com muitas dificuldades na contratação, porque não há profissionais de saúde disponíveis no mercado.
“Estamos com muitas dificuldades na contratação, porque não há profissionais de saúde disponíveis no mercado. Esse hoje é o principal desafio para a abertura de novos leitos”, disse o presidente da Rede Mário Gatti, Sérgio Bisogni.
Segundo ele, a reativação de 36 leitos de enfermaria no Hospital de Campanha, instalado na sede dos Patrulheiros, também depende da contratação de recursos humanos.
“Estávamos com dificuldades para obter tanque de oxigênio, mas conseguimos uma empresa que irá instalar uma miniusina para garantir o fornecimento. Mesmo assim, não posso colocar os leitos em operação, sem os recursos humanos necessários”, afirmou.
Gripários
A situação tem sido amenizada por uma redução no movimento nos gripários e centros de saúde que têm permanecido abertos também nos finais de semana para receber pacientes com síndromes gripais e respiratórias. A medida conseguiu deixar os pronto atendimentos e prontos-socorros menos carregados para receberem os casos mais graves.
No feriado, os três Centros de Saúde que permaneceram abertos atenderam 459 pessoas com queixas respiratórias e gripais
Entre o feriado de sexta-feira, 2 de abril, e domingo, dia 4, os três Centros de Saúde que permaneceram abertos atenderam 459 pessoas com queixas respiratórias e gripais, sendo que quatro pacientes foram removidos pelo Samu para uma unidade de urgência e emergência.
No final de semana anterior, quando 14 unidades básicas permaneceram abertas, 884 pacientes foram atendidos, dos quais 25 foram levados pelo Samu para unidades de urgência e emergência. “Isso indica que um número menor de pessoas está precisando ser internada, reduzindo, assim, a pressão por leitos hospitalares”, disse Bisogni.