Os três vereadores que integram a Comissão Processante (CP) que pretende apurar a conduta do vereador Nelson Hossri (PSD) fizeram a primeira na manhã desta segunda-feira (22). De acordo com o presidente da CP, vereador Paulo Haddad (Cidadania), Hossri seria notificado formalmente da denúncia ainda na tarde desta segunda. Pelas regras do processo de cassação, o acusado tem prazo de 10 dias para apresentar uma defesa, a partir da notificação.
Hossri disse no final da tarde, no entanto, que ainda não havia sido notificado pela CP. “Ainda não tomei ciência dos fatos. Quando tomar ciência eu irei me manifestar”, disse o vereador Hossri. “Acredito que essa CP tenha motivação política e está repleta de nulidades. Vou aguardar o recebimento e irei me manifestar”, finalizou.
Além de Paulo Hadad, a comissão é formada pela vereadora Paola Miguel (PT) – que será a relatora – e o vereador Paulo Gaspar (Novo).
O caso
A Comissão Processante vai apurar a conduta do vereador Nelson Hossri especialmente na sessão do dia 8 de outubro, quando manifestantes hostilizaram vereadores e, ao menos um deles – uma mulher – teria praticado injúria racial contra Paolla Miguel. Ela teria sido chamada de “preta lixo” pelos manifestantes.
A acusação é a de que os manifestantes teriam sido estimulados a comparecerem à sessão por Nelson Hossri. Ele nega.
O pedido de instalação da CP foi feito na tarde do dia 17 de novembro por três eleitores que se identificaram como representantes de movimentos sociais. O pedido foi protocolado por Denise Teijeiro, vice-presidenta do PCdoB, Marcela Moreira, presidenta do PSOL, e Carlos Orfei, presidente do PT, mas eles disseram estar ali na condição de eleitores e em nome de movimentos sociais.
Segundo o pedido, na sessão ordinária de 8 de novembro, Nelson Hossri expôs a Casa, não atuou com sobriedade e cometeu tentativa de agressão e ameaças.
O vereador Gustavo Petta (PCdoB) relata ter recebido ameaça de agressão física durante a sessão por parte de Hossri. Ele também nega essa acusação.