Integrantes da “CPI da Propina” da Câmara de Campinas irão se reunir com o Ministério Público às 14h30 da próxima segunda-feira (17). O objetivo é obter mais informações a respeito do foco da investigação que leva em conta a suposta cobrança de vantagens por parte do presidente afastado da Casa, Zé Carlos (PSB), para a manutenção e prorrogação de contratos com empresas terceirizadas. A conversa será com os promotores do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do MP.
“Queremos saber o que eles podem fornecer à Comissão Parlamentar de Inquérito para que possamos iniciar os trabalhos de maneira mais embasada”, diz o vereador Paulo Gaspar (Novo), que preside a CPI. “O MP está investigando o caso há mais de um ano, enquanto nós estamos começando agora.”
O encontro de segunda-feira será fechado, mas os integrantes da CPI pretendem debater sobre os eventuais materiais compartilhados pelo MP na reunião semanal da Comissão, quarta-feira (19) , a partir das 14h. Além de Gaspar, integram a CPI os vereadores Major Jaime (PP, relator), Paulo Bufalo (PSOL), Paolla Miguel (PT), Higor Diego (REPUB), Luiz Cirilo (PSDB) e Carmo Luiz (PSC).
A primeira reunião da CPI ocorreu na última segunda-feira (10) e a partir dela se iniciou o prazo de 90 dias para concluir os trabalhos, período que pode ser prorrogado uma única vez por mais 90 dias. Concluídas as investigações ou encerrado o prazo dos trabalhos, a CPI terá no máximo dez dias úteis para elaborar um parecer contendo um resumo de todo o processo.
Oficialmente constituída na Reunião Ordinária de 5 de outubro, a CPI se originou de um requerimento protocolado pelo vereador Paulo Gaspar com assinatura de um total de 30 parlamentares. No documento, é pontuado que em 17 de agosto de 2022 ocorreu operação do Gaeco do Ministério Público do Estado de São Paulo nas dependências da Câmara e do Teatro Bento Quirino, na chamada “Operação Lambuja”, para apurar um suposto esquema de corrupção envolvendo o hoje afastado presidente do Legislativo, vereador Zé Carlos (PSB) e do subsecretário de Relações Institucionais Rafael Creto, que pediu exoneração em setembro.
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