O segundo e último dia do desfile das escolas de samba do Rio de Janeiro terá como destaques Portela e Mangueira. A festa será aberta nesta segunda-feira (12) pela Mocidade Independente de Padre Miguel, às 22h, seguida pela Portela. Depois vem a Unidos de Vila Isabel, Estação Primeira de Mangueira, Paraíso do Tuiuti e Unidos do Viradouro fechando o desfile.
No primeiro dia do cortejo, neste domingo, Beija-Flor, Acadêmicos do Grande Rio e Imperatriz Leopoldinense foram as escolas que mais se destacaram na avenida na opinião do público do sambódromo.
A noite começou com a Unidos do Porto da Pedra que teve como enredo Lunário Perpétuo: a profética do saber popular. A agremiação contou a história de um livro que reúne orientações sobre astronomia, agricultura, saúde, uso de ervas.
Escrito em 1594 pelo espanhol Jerónimo Cortés, o Lunário Perpétuo foi apontado pelo folclorista Câmara Cascudo como a publicação mais lida no Nordeste brasileiro durante 200 anos.
Em seguida, desfilou a Beija-Flor que trouxe o enredo Um delírio de Carnaval na Maceió de Rás Gonguila. A história de Benedito dos Santos, que ficou conhecido como Rás Gonguila, foi contada ao público. Nascido na capital alagoana, ele afirmava ser descendente direto do último imperador da Etiópia.
O Salgueiro foi responsável pelo terceiro desfile da noite, com o enredo Hutukara, que falou sobre o povo Yanomami.
A cultura indígena também foi tema do desfile da Grande Rio, a quarta a pisar na avenida do samba. O enredo Nosso Destino É Ser Onça abordou a mitologia tupinambá.
A quinta apresentação foi da Unidos da Tijuca. Suas cores, azul e amarelo, deram vida ao enredo O Conto de Fados.
Atual campeã, a Imperatriz Leopoldinense encerrou a programação do primeiro dia. A agremiação foi mais uma que levou para a Sapucaí um enredo baseado em um livro.
A obra ficcional O Testamento da Cigana Esmeralda, do poeta pernambucano de cordel Leandro Gomes de Barros, foi a escolhida.
Intitulado Com a Sorte Virada pra Lua, segundo o testamento da cigana Esmeralda, a escola explorou o imaginário em torno do universo cigano.