O Dia Internacional das Mulheres deve representar um incremento de até 10% nas vendas de flores e plantas ornamentais, estimativa que deixa os produtores otimistas para a data celebrada nesta quarta-feira (8). A colheita de rosas, um dos presentes preferidos, aumentou em 50% nas últimas semanas, de acordo com o presidente do Ibraflor – Instituto Brasileiro de Floricultura -, Kees Schoenmaker.
Segundo ele, já estão no campo aguardando a colheita as produções para garantir outras duas datas importantes para o setor neste semestre, que são o “Dia das Mães e o Dia dos Namorados”. O fim da pandemia e das restrições ocasionadas pela disseminação do coronavírus devem trazer estabilidade aos preços e ao segmento.
Junto com o “Dia das Mães” e “Dia dos Namorados, o Dia das Mulheres deve movimentar 32% das vendas anuais do setor. As campanhas incentivando as flores e plantas para presentear as mulheres já invadiram as redes sociais e as sugestões e opções estão cada vez mais diversificadas.
“Tradicionalmente, temos uma queda nas vendas nos primeiros meses do ano, até o Carnaval, época em que os produtores já se programam para diminuir a oferta. A compensação, por assim dizer, é esperada com o ‘Dia Internacional da Mulher’. As rosas vermelhas são as flores mais procuradas nesta data, mas a melhora na formação de preços e na procura é geral, abrangendo também as demais espécies”, detalha Schoenmaker.
Segundo ele, após 8 de março, as atenções e esforços estarão voltados para o “Dia das Mães”. “Esta continua sendo a principal data em vendas para o nosso setor, representando cerca de 16% do total do ano”, explica.
Produção de Rosas
Adriano Van Royeen, presidente da Andraflores – Associação dos Produtores de Rosas de Andradas -, informa que, apenas para o “Dia da Mulher” foi colhida uma quantidade 50% maior do que a média semanal para o abastecimento do mercado, principalmente de rosas vermelhas, o produto carro-chefe da data.
A Andraflores congrega 15 dos principais produtores de rosas do Sul de Minas Gerais, responsáveis por cerca de 80% do mercado desta flor no Brasil, comercializadas pelas Cooperativas Veiling Holambra e Cooperflora.
A cultura da rosa é perene, sendo que as primeiras hastes já podem ser colhidas diariamente após 6 meses do primeiro plantio. Em média, entre 50 e 60 dias antes das datas de maior demanda fazemos podas nas roseiras para ter uma colheita extra (pico).
De acordo com Adriano, a normalização na realização dos eventos, que no ano passado inflaram os preços dos produtos de corte por terem sido represados na pandemia, deve, agora em 2023, estabilizar os preços em todo o país. “Nos preparamos para isso. No entanto, tudo dependerá da demanda”, diz.

Centrais de Vendas
A Cooperativa Veiling Holambra (CVH) projeta 8% de crescimento no faturamento referente ao “Dia Internacional da Mulher”, na comparação com o mesmo período do ano passado. Em relação ao volume, não houve variação expressiva. No leilão da última quarta-feira (1º de março), dia considerado como pico de venda para o “Dia da Mulher”, foram comercializados cerca de 6 mil carrinhos no Klok, o leilão reverso de flores e plantas da Cooperativa.
Os produtos mais procurados nesta data continuaram sendo as orquídeas Phalaenopsis, os kalanchoes e as rosas, tanto de corte quanto na versão flor de vaso.
Para impulsionar a venda de outros produtos, alguns cooperados investiram em embalagens comemorativas, como o lírio de vaso, da Jan de Wit. A campanha da CVH – “Dê flores para mulher que você admira” – traz a ideia de aproveitar a data para fortalecer as conquistas femininas, homenageando-as com flores.
O Ceaflor, o maior mercado de flores, plantas e acessórios para floricultura, paisagismo e decoração do país, também espera um volume de vendas este ano entre 8% e 10% maior que o registrado em 2022. Rosas de corte para compor buquês e orquídeas Phalaenopsis, antúrios, violetas, gérberas e begônias em vaso são os produtos líderes em vendas.