O Dia Mundial sem Tabaco, celebrado nesta segunda-feira (31), foi criado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para alertar e conscientizar a respeito das doenças e mortes referentes ao tabagismo. Durante a pandemia, os brasileiros passaram a consumir mais cigarros, de acordo com pesquisa da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), feita em parceria com a Universidade Federal de Minas Gerais e a Unicamp. O estudo indica que 34% dos que se declararam fumantes afirmam ter aumentado o número de cigarros consumido diariamente.
Nesta segunda (31), diversas ações serão realizadas para tentar mobilizar fumantes e não-fumantes sobre os perigos do vício. O Aeroporto Internacional de Viracopos cedeu um espaço ao ar livre ao Grupo SOnHe – Sasse Oncologia e Hematologia para a instalação do seu protótipo gigante de pulmão de mais de seis metros de altura para alertar seus passageiros e visitantes para o Dia Mundial Sem Tabaco.
O pulmão inflável faz parte da campanha permanente do grupo Educar, Respirar e Viver e estará das 9 às 18 horas aberto para visitação onde a população poderá ver de perto os malefícios causados pelo tabagismo e receber orientações sobre as consequências do hábito de fumar e os danos causados a saúde de quem fuma ou convive com tabagistas.
“O cigarro é a maior causa evitável de morte no mundo todo. A Organização Mundial da Saúde (OMS) espera para 2021, algo próximo de 8 milhões de mortes em todo mundo por doenças causadas pelo hábito de fumar. Só no Brasil são cerca de 430 mortes ao dia relacionadas ao tabagismo, cerca de 160 mil mortes ao ano. Mais de 6,7 milhões de pessoas passaram por Viracopos em 2020, por isso, escolhemos o local, de forma segura, já que o visitante terá acesso às informações por meio de QR Code, sem contatos, para instalar nosso pulmão com objetivo de alertar o maior número de pessoas neste Dia Mundial Sem Tabaco”, explica o oncologista, Vinícius Corrêa da Conceição, sócio do Grupo SOnHe – Sasse Oncologia e Hematologia, responsável pela ação.
De acordo com boletim informativo do Ministério da Saúde, desde a primeira contaminação notificada no Brasil até a 53ª semana epidemiológica, período que compreendeu de 27 de dezembro de 2020 a 2 de janeiro de 2021, 191.552 óbitos em decorrência da COVID-19 haviam sido registrados, sendo que 42% das vítimas eram cardiopatas (lembrando que o cigarro é a segunda maior causa de doenças cardiovasculares) e 6% tinham problemas crônicos pulmonares.
“O mundo está asfixiado e sem oxigênio, mas isso não vem apenas da pandemia de COVID-19. A pandemia de tabaco mata sozinha mais de 7,5 milhões de pessoas ao ano, é maior, mais duradoura do que qualquer outra e está na hora de começarmos a respirar e viver melhor”, finaliza o médico.