Dispensado pelo Guarani no dia 23 de junho deste ano, depois de confessar receber R$ 50 mil para tomar um cartão amarelo quando ainda defendia o Coritiba, o lateral-esquerdo Diego Porfírio foi eliminado do futebol pelo pleno Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) nesta quinta-feira (28).
Anteriormente, o jogador havia sido condenado a uma suspensão de 360 dias, além de multa de R$ 70 mil. Agora eliminado do esporte, o atleta terá que pagar multa de R$ 60 mil, mas pode, depois de dois anos da pena, recorrer dessa decisão para tentar voltar a atuar profissionalmente.
Contratado pelo Guarani em abril deste ano, Porfírio disputou cinco partida pelo time campineiro no Campeonato Brasileiro da Série B, contribuiu com uma assistência e não balançou a rede.
Alvo de investigações do Ministério Público de Goiás (MP-GO) relacionada à Operação Penalidade Máxima II, o jogador confirmou, em depoimento MP-GO, no dia 19 de maio, que aceitou receber R$ 50 mil para tomar um cartão amarelo quando ainda defendia o Coritiba, em duelo contra o América-MG, pela 25ª rodada do Brasileiro da Série A de 2022. O atleta afirmou que também indicou Alef Manga, na época atacante do Coxa, para o esquema.
Segundo o lateral-esquerdo, seu companheiro na capital paranaense teria aceitado levar um cartão amarelo na mesma partida, o que de fato aconteceu com os dois investigados. As informações foram divulgadas em primeira mão pelo portal Ge.Globo.
Entre o dia 19 de maio, quando prestou depoimento ao MP e confirmou ter recebido R$ 50 mil para tomar um cartão amarelo, até o dia 14 de junho, quando foi afastado das atividades no Bugre, Porfírio atuou em três partidas do clube campineiro – duas saindo do banco de reservas e uma como titular.
Além do caso de Porfírio, o pleno do STJD também julgou outros atletas.
Confira como ficaram as penas dos jogadores:
Dadá Belmonte do América-MG que está emprestado ao Chornomorets da Ucrânia e levou o amarelo quando defendia o Goiás: 600 dias de suspensão e 70 mil reais de multa (eram 720 dias e R$ 70 mil no artigo 243, ficando absolvido o artigo 191,III);
Igor Cariús do Sport que recebeu o cartão quando defendia o Cuiabá: 360 dias de suspensão e 40 mil reais de multa (eram 540 dias e R$ 50 mil no artigo 243, ficando absolvido o artigo 191,III)
Bryan García, meia equatoriano dispensado pelo Athletico-PR e que agora defende o Independiente del Valle: 360 dias de suspensão e a multa de 50 mil reais (era de 360 dias e multa de R$ 30 mil no artigo 243, ficando absolvido o artigo 191,III;)
Vitor Mendes do Atlético-MG que estava emprestado ao Fluminense, mas que foi afastado. O zagueiro recebeu o cartão quando defendia o Juventude: 720 dias de suspensão e R$ 70 mil de multa (eram 430 dias e R$ 40 mil no artigo 243, ficando absolvido o artigo 191,III;)
Nino Paraíba, defensor do Paysandu-PA, mas que está afastado e defendia o Ceará na ocasião do cartão: 720 dias de suspensão e 100 mil reais de multa (eram 480 dias e multa de R$ 40 mil no artigo 243, ficando absolvido o artigo 191, III;)
Sávio Alves, defensor do Rio Ave de Portugal, que estava emprestado ao Goiás quando recebeu o cartão: mantiveram os 360 dias de suspensão e R$ 30 mil de multa;
Alef Manga, atacante do Coritiba que foi emprestado ao Pafos FC do Chipre: manteve a suspensão por 360 dias e multa de 50 mil reais (era de R$ 30 mil no artigo 243, ficando absolvido o artigo 191, III;)
Sidcley, defensor do Dínamo de Kiev da Ucrânia, mas está emprestado ao Lamia, da Grécia, e em defendia o Cuiabá: segue absolvido.
Pedrinho, zagueiro do Shakhtar Donetsk da Ucrânia, mas que antes defendia o Athletico-PR desde 2021: segue absolvido.
Jesús Trindade, meia uruguaio que pertence ao Pachuca do México, mas está emprestado ao Barcelona-EQU. Em 2022 e até as denúncias estava emprestado ao Coritiba: segue absolvido.
Thonny Anderson, meia do RB Bragantino que está emprestado ao ABC de Natal e em 2022 defendia o Coritiba: manteve a multa de R$ 40 mil.