É recente o fenômeno, na história humana, de ter dinheiro e ser dono das decisões políticas. O comerciante não era nobre, até que conseguiu, por várias revoluções, em vários países, derrotar as monarquias e assumir o controle.
Os bilionários estão prestes a assumir o poder. E não é qualquer tipo de cargo. É a força de controlar o país mais poderoso do planeta, e o destino de bilhões de vidas. É o poder global.
A elite branca ocidental que, com seus bilhões, poderia acabar com muitos problemas da Terra, como erradicar a fome, escolhe ir para a lua. Não estão preocupados em melhorar o mundo, mas querem ficar mais, mais, mais, mais ricos; muito, muito, muito, assaz poderosos. Fazem tudo por dinheiro e poder. Em próprio benefício.
Querem dominar e destruir. Matar quem pensa; quem leva a pensar; quem é levado a pensar. Querem deixar vivos os que são treinados para acreditar.
Desejam a morte dos pobres, dos pretos, dos homossexuais, dos árabes, dos orientais. Querem perpetuar a si mesmos como a classe vitoriosa que regenera a humanidade. Sobrará a pior classe para o planeta: a deles!
Sem projetos construtivos, lançam os balões de ensaio: Canadá, Panamá, México, Groenlândia. Por falta de conteúdo, só resta chamar a atenção para si; e destruir. Eles são armas de destruição em massa.
Suas ideias se encaixam bem na frase que um ex-presidente brasileiro proferiu 17 de março de 2019, em Washigton, na frente de outros tantos como ele: “O Brasil não é um terreno aberto onde nós pretendemos construir coisas para o nosso povo. Nós temos de desconstruir muita coisa, desfazer muita coisa, para depois começar a fazer.”
Eles estão mostrando quem são. E são perigosos. Eles não querem controle sobre si, sobre suas empresas, mas querem controlar os outros, as outras. Tudo e todos. Controlar para destruir: culturas, meio-ambiente, vidas, pessoas, pensamentos, histórias. Eles estão por aí, preparando o golpe fatal e final.
Se escondem atrás de supostos valores. Se auto intitulam cristãos. Dizem ser os pastores da nova era. Mentirosos, assassinos, incuráveis.
Ebulição, risco, miséria, sem misericórdia. Entramos no período mais difícil, vamos viver os momentos mais difíceis da humanidade. Ser otimista hoje é estar bem descolado e deslocado da realidade. O pior está sempre por vir. Veja as notícias de amanhã. Do amanhã!
Deixo o trecho de um discurso proferido pelo escritor de Moçambique, Mia Couto, que anos atrás já estava bem ciente dos perigos do porvir.
“O que era ideologia passou a ser crença; o que era política tornou-se religião; o que era religião passou a ser estratégia de poder; para fabricar armas é preciso fabricar inimigos; para produzir inimigos, é imperioso sustentar fantasmas; a manutenção desse alvoroço requer um dispendioso aparato e um batalhão de especialistas que, em segredo, tomam decisões em nosso nome. Eis o que nos dizem: para superarmos as ameaças domésticas, precisamos de mais polícia, mais prisões, mais segurança privada e menos privacidade. Para enfrentarmos as ameaças globais, precisamos de mais exércitos, mais serviços secretos, e a suspensão temporária da nossa cidadania.”
Gustavo Gumiero é Doutor em Sociologia (Unicamp) e Especialista em Antigo Testamento – gustavogumiero.com.br – @gustavogumiero
It’s war! They want to kill us!
The phenomenon in human history of having money and being the owner of political decisions is recent. The merchant was not noble, until he managed, by several revolutions, in several countries, to defeat the monarchies and take control.
Billionaires are about to take power. And it’s not just any kind of position. It is the force to control the most powerful country on the planet, and the fate of billions of lives. It is global power.
The Western white elite who, with their billions, could end many of Earth’s problems, such as eradicating hunger, choose to go to the moon. They are not concerned with improving the world, but they want to get more, more, more, richer; very, very, very, very powerful. They do everything for money and power. For their own benefits.
They want to dominate and destroy. Kill those who think; who leads to think; who is led to think. They want to leave alive those who are trained to believe.
They wish for the death of the poor, the blacks, the homosexuals, the Arabs, the Orientals. They want to perpetuate themselves as the victorious class that regenerates humanity. The worst class for the planet will be left: theirs!
Without construction projects, they launch the trial balloons: Canada, Panama, Mexico, Greenland. Due to lack of content, all that remains is to draw attention to itself; and destroy. They are weapons of mass destruction.
His ideas fit well with the phrase that a former Brazilian president uttered on March 17, 2019, in Washington, in front of many others like him: “Brazil is not an open ground where we intend to build things for our people. We have to deconstruct a lot of things, undo a lot of things, and then start doing it.”
They are showing who they are. And they are dangerous. They don’t want control over themselves, over their companies, but they want to control others. Everything and everyone. Control to destroy: cultures, environment, lives, people, thoughts, stories. They are out there, preparing the fatal and final blow.
They hide behind supposed values. They call themselves Christians. They say they are the shepherds of the new age. Liars, murderers, incurables. Boiling, risk, misery, without mercy.
We have entered the most difficult period, we are going to live the most difficult moments of humanity. To be optimistic today is to be very detached from reality. The worst is always to come. See tomorrow’s news. Of tomorrow!
I leave you with an excerpt from a speech given by the Mozambican writer, Mia Couto, who years ago was already well aware of the dangers of the future.
“What was ideology became belief; what was political has become religion; what was religion became a strategy of power; to manufacture weapons you have to manufacture enemies; to produce enemies, it is imperative to sustain ghosts; Maintaining this uproar requires an expensive apparatus and a battalion of experts who, in secret, make decisions on our behalf. Here’s what we’re told: To overcome domestic threats, we need more police, more prisons, more private security, and less privacy. To face global threats, we need more armies, more intelligence services, and the temporary suspension of our citizenship.”