Acompanhado de Fernando Haddad, pré-candidato do PT ao governo de SP, e de Guilherme Boulos, coordenador do MTST, Luiz Inácio Lula da Silva esteve na manhã desta quinta-feira (5) em Sumaré. Antes de discursar aos moradores e prometer transformar a ocupação em bairro, o ex-presidente se encontrou com lideranças na sede da coordenação da Vila Soma e ouviu reivindicações.
“Isso não pode mais ser chamado de ocupação. Ocupação é um título heroico. Isso terá de ser chamado de bairro para as pessoas terem orgulho de Sumaré”, disse Lula. O pré-candidato à presidência ainda falou da instalação de praças e de uma fonte na Vila Soma dentre as promessas de melhoria que fez durante seu discurso.
“Hoje fico feliz quando vejo que tem ônibus passando, os postes de iluminação, mas não pensem que já ganhamos tudo, ainda falta muita coisa”, discursou Lula, citando uma visita anterior do prefeito de Sumaré, Luiz Dalben, ao Instituto Lula, para tratar de questões ligadas à Vila Soma.
A campanha presidencial também foi assunto do encontro com os moradores da Vila Soma. Lula acusou o atual presidente Jair Bolsonaro de não atender prefeitos e governadores. “Ele só atende os filhos dele e os milicianos que cercam ele”, disse.
No início da tarde desta quinta (5), em um tweet, escreveu: “O que estamos colhendo hoje é o resultado do ódio e das mentiras que foram contadas nos últimos anos. O Brasil já foi a 6ª economia mundial. Hoje é a 13ª. Esse país pode ser melhor. Pode gerar empregos, diminuir a inflação. Nós já provamos isso”.
Cerca de 10 mil famílias vivem atualmente na Vila Soma. A ocupação começou em 2012, na área que pertencia a uma metalúrgica, a Soma, que faliu. Os ocupantes realizaram dezenas de protestos durante o processo de reintegração. Em 2016, o STF suspendeu a reintegração de posse que seria cumprida pela Polícia Militar. Em junho de 2020, o processo foi concluído com base na lei de regularização fundiária urbana.
Em Campinas
Agora à tarde, o ex-presidente tem encontro com prefeitos no Royal Palm Plaza, em Campinas. A reunião não será aberta ao público. A agenda mais controversa será no Teatro de Arena da Unicamp, às 16h, quando ministrará uma aula magna. A expectativa é de que 10 mil pessoas se reúnam no local.