Quem nunca ouviu a expressão “engolir sapo” que atire a primeira pedra! Pois bem minha querida leitora, meu caríssimo leitor, nesta coluna resolvi abordar o significado dessa expressão tão comum. Eu pelo menos já a ouvi em diversas áreas, em diversas situações, eu mesmo já a utilizei e o pior de tudo: já engoli muito sapo.
Sobre a origem da expressão há divergências; uns dizem que foi por conta do assédio moral de César, outros dizem que tem a ver com as pragas do Egito. Enfim, o que realmente quero refletir junto de você é sobre a importância do ato. Adoraria que você viesse junto de mim essa reflexão, por favor, não me abandone logo agora.
Ora, segundo o Dr. Freud, pai da psicanálise, não se expressar por um longo período pode trazer sérias consequências, psicossomáticas ao indivíduo que assim age.
Eu como escritor poderia muito bem usar do gatilho da autoridade, advindo da PNL, com o argumento de Freud e parar por aí, apenas para lhe impressionar, mas, conteúdo, entretanto, todavia, eu Thiago Pontes passei por isso, engoli, um, dois, três, dez, cem sapos, durante anos, em diversas áreas da minha vida e como é sabido; uma hora a conta chega!
E chegou! Com seu impacto físico, emocional, neurológico, me causando esquecimentos e apagões, algo intitulado como crises conversivas. Anos para gerá-la, anos para tratá-la, anos para controlá-la.
Eu até que decidi me impor mais, dizendo mais “Não” às vésperas de ter a primeira crise. Era como se eu pudesse prever que algo do ruim estava para acontecer. Não deu tempo, aconteceu, cerca de dois anos, mais ou menos sem controle algum. Como disse, ao usar de Freud e sua teoria, eu passei por isso. Então que fique de alerta para você o simples fato de, em excesso, engolir sapos.
A ideia é refletir que mais cedo ou mais tarde a fatura da vida irá chegar e com ela a conta de quantos sapos você engoliu. Com tal conta você mesmo poderá concluir se valeu a pena engoli-los, se foram estratégicas ou destrutivas em sua jornada existencial…
Com ela em mãos você poderá pensar em sua história, em suas decisões, omissões, excesso de egoísmo e coragem para enfrentar tudo e todos, e irá perceber o oposto, o quanto foi excessivamente solidário a ponto de acatar a tudo e se deixar em último lugar, ate mesmo sendo passivo e/ou covarde.
São provocações, apenas isso, o objetivo meu aqui é provocar você, você que não me abandonou e chegou até aqui comigo nessa reflexão. A conclusão é sua, a fatura chegará e não há como dela escapar, reflita enquanto há tempo.
Thiago Pontes é filósofo e neurolinguista (PNL)