Os casos de envenenamento em várias escolas femininas no Irã aumentaram nas últimas semanas, contabilizando-se várias centenas, e o governo indicou que foram descobertas “amostras suspeitas” durante as investigações.
De acordo com a agência de notícias Isna, que citou autoridades oficiais de saúde, foram identificados casos de envenenamento de alunas em escolas secundárias femininas nas cidades de Abhar (Oeste), Ahvaz (Sudoeste) e também na escola primária em Zanjan (Oeste). Também se verificaram casos de envenenamento em escolas das cidades de Mashhad (Nordeste), Shiraz (Sul) e Isfahan (Centro).
Os casos de envenenamento ultrapassam agora “várias centenas”, tendo sido afetadas 52 escolas, segundo o último balanço oficial.
Num comunicado, divulgado neste sábado, o ministro do Interior disse que foram descobertas “amostras suspeitas” durante as investigações, sem adiantar mais detalhes.
O mistério em relação à origem continua. Dezenas de jovens foram hospitalizados.
Todos os casos ocorrem apenas em colégios voltados ao público feminino e em dormitórios estudantis para meninas. Elas passaram a relatar, desde o ano passado, cheiro de “fruta estragada”, “perfume forte” e “ovo podre”. Haveria por trás de todos esse casos uma tentativa de fechar essas escolas por questões culturais e de repúdio à educação voltada às jovens. Os pais têm protestado na porta das escolas.
(Agência Lusa News)