O Facebook garantiu nesta quarta-feira (25) que as publicações na rede social produzidas pelo autor do massacre numa escola no Texas, que causou a morte a 19 crianças e dois professores, terça-feira (24), faziam parte de uma mensagem privada.
A Meta, proprietária do Facebook, enviou esclarecimentos em reposta reagiu às declarações do governador do Estado norte-americano do Texas, Greg Abbott, que divulgou que meia hora antes do massacre, Salvador Ramos, que acabou abatido pelas autoridades, tinha escrito no Facebook que ia disparar sobre a avó.
Poucos minutos depois, o atirador publicou uma outra mensagem em que dizia que já tinha disparado contra a avó, que ficou gravemente ferida, e, numa terceira mensagem, publicada quinze minutos antes do massacre na escola, indicava que estava a se preparando para atacar uma escola.
Todas estas mensagens, segundo a Meta, teriam sido enviadas de forma privada para outro utilizador, e, portanto, não eram visíveis para o restante dos internautas ou para a própria empresa.
“As mensagens que o governador Greg Abbott descreveu eram privadas, de usuário para usuário, e foram descobertas após a terrível tragédia. Estamos cooperarando estreitamente com a polícia na sua investigação”, assegurou Andy Stone, porta-voz da Meta.
O autor, residente em Uvalde, entrou no estabelecimento de ensino com um revólver e possivelmente uma espingarda e abriu fogo, de acordo com o governador do Texas, Greg Abbott.
Greg Abbott divulgou nesta quarta-feira (25) que, para além dos 21 mortos, há 17 feridos, três destes policiais, embora nenhum esteja em perigo de vida.
O governador do Texas acrescentou que ainda não é conhecido o motivo pelo qual Salvador Ramos entrou na escola a abriu fogo contra alunos e professores. O jovem de 18 anos não tinha antecedentes criminais nem histórico de problemas mentais.
As reações sucedem-se diante do massacre com mais vítimas fatais nos Estados Unidos este ano e ocorreu dez dias depois de dez pessoas terem sido mortalmente baleadas num supermercado em Buffalo, no Estado de Nova Iorque, num ataque com motivações racistas.
Além disso, é o segundo massacre mais letal da última década num estabelecimento de ensino, depois do ataque em 2012, na escola de Sandy Hook, em Newton, no Estado do Connecticut, em que morreram 26 pessoas, a maioria das quais crianças.
