O aumento do número de casos e de ocupação de leitos de UTI nos hospitais do estado levou o governador João Doria a anunciar nesta quarta-feira (9) a prorrogação da fase de transição do Plano São Paulo até o dia 30 de junho. As regras atuais permanecem as mesmas: funcionamento das atividades econômicas até as 21h e permissão de 40% de ocupação nos estabelecimentos.
Na média, o estado apresenta taxa de ocupação dos hospitais acima de 80%. O Centro de Contingência recomenda que os municípios com taxa de ocupação de leitos de UTI acima de 90%, como é o caso de Campinas, estão autorizados a avaliar a necessidade de adotar medidas mais restritivas do que as regras estabelecidas na fase de transição do Plano São Paulo.
“O Centro de Contingência vê com preocupação o momento da pandemia, com uma elevação ainda que numa velocidade pequena do número de internações hospitalares e de UTI, e por isso recomendou avaliação de cada município com mais de 90% de ocupação dos leitos de UTI”, reforçou o Coordenador Executivo do Centro de Contingência da COVID-19, João Gabbardo.
Estabelecimentos comerciais, galerias e shoppings podem funcionar das 6h às 21h. O mesmo expediente é seguido por serviços como restaurantes e similares, salões de beleza, barbearias, academias, clubes e espaços culturais como cinemas, teatros e museus. Para evitar aglomerações, a capacidade máxima de ocupação nos estabelecimentos liberados continua limitada em 40%.
Permanecem liberadas as celebrações individuais e coletivas em igrejas, templos e espaços religiosos, desde que seguidos rigorosamente todos os protocolos de higiene e distanciamento social.
O toque de recolher continua nas 645 cidades do Estado, das 21h às 5h, assim como a recomendação de teletrabalho para atividades administrativas não essenciais e escalonamento de horários para entrada e saída de trabalhadores do comércio, serviços e indústrias.
Incentivo na economia
A Secretária de Desenvolvimento Econômico, Patrícia Ellen, anunciou a extensão de benefícios concedidos a estabelecimentos comerciais afetados pela pandemia, com a não suspensão do fornecimento de água pela Sabesp e um programa de renegociação de débitos. O alvo são 600 mil estabelecimentos que têm consumo de até 100 metros cúbicos ao mês.
A vigência é de 1º de junho a 31 de agosto e não haverá a interrupção dos serviços da Sabesp no período. Os débitos existentes, incluindo acordos durante a pandemia, poderão ser renegociados sem multa e juros, e os estabelecimentos negativados terão os efeitos suspensos após a repactuação. O prazo de parcelamento é de até 12 meses.
“O incentivo do Estado para empresas passa pela concessão de mais de R$ 2 bilhões em créditos e microcréditos pelo Desenvolve SP e Banco do Povo, além de parcerias com o Sebrae e a Junta Comercial para abertura de empresas”, afirmou Patrícia Ellen.