O “Festival Hercule Florence de Campinas” vive um momento especial em 2023. Em sua 13ª edição, o já tradicional evento celebra os 190 anos da invenção da fotografia na cidade.
Como sempre, ele chega para propor atividades, discussões e, principalmente, promover a transformação no ofício fotográfico e no olhar de quem se expressa por esse meio. A abertura do evento será nesta quarta-feira (2 de agosto), às 18h, no Sesc Campinas, com palestra sobre o tema.
A ideia do festival é incentivar a revisão dos conceitos de contemporaneidade e extemporaneidade. Isso, a partir deste momento de celebração de uma figura fundamental para o universo da fotografia no Brasil e no mundo.
O objetivo desta edição é propor discussões em relação a imagens contemporâneas captadas através do resgate de algumas técnicas antigas e históricas.
Tudo sob a percepção de artistas de hoje que atualizaram essas práticas e transformaram suas temáticas e formas de fazer e exibir uma imagem. Então, nesse diálogo entre o passado, presente e futuro, nada melhor do que compartilhar abordagens e conhecimentos.
Uma parceria com o SESC Campinas deixa o Festival ainda mais dinâmico e acessível a todos os participantes. Na agenda oficial, a promoção e realização de oficinas e palestras.
“Temos algo muito importante, agora em 2023, que é a celebração dos 190 anos dessa descoberta isolada da fotografia, realizada pelo Hercule aqui em Campinas. Esse é um marco e temos o dever de contribuir com a divulgação e preservação desse legado”, afirma Ricardo Lima, fotógrafo premiado, fundador e um dos organizadores do Festival.
“Temos uma série de atividades que vão acontecer nos meses de agosto e setembro em Campinas. A ideia é integrar todas essas ações, gerando a troca de vivências na área da fotografia. Estão todos convidados a participar”, reforça ele.
Inspiração
O “Festival Hercule Florence de Fotografia” tem como matriz e inspiração a invenção isolada da fotografia no Brasil, mais precisamente em Campinas, feita por Hercule Florence, em 1833. Esse fato desencadeou na cidade atitudes fotográficas no percurso dos séculos, principalmente a partir da exposição mundial das descobertas de Florence pelo pesquisador brasileiro Boris Kossoy, em 1976.
Dessa cultura fotográfica da cidade nasceram os diversos grupos de fotografia, fotógrafos, pesquisas e exposições que fazem parte, nas últimas décadas, da vida cultural de Campinas.