Em busca de um recomeço, o Guarani apresentou suas novas armas nesta quinta-feira (2) no Brinco de Ouro. Depois do pior desempenho dentro de campo dos últimos dez anos entre janeiro e abril, o clube espera virar a página. E para isso conta com Júnior Rocha e Toninho Cecílio. Ambos, técnico e executivo de futebol chegaram ao clube com palavras que o torcedor gostaria de ouvir, mas que espera ver traduzidas com a bola rolando.
“A partir de agora, as oscilações no Guarani acabaram. Peço à torcida um voto de confiança. Vamos esquecer o que passou”, disse Júnior Rocha, que substitui o demitido Claudinei Oliveira. Sua estreia será segunda-feira, às 21h, na Vila Belmiro, onde o Bugre vai buscar a primeira vitória na Série B depois de derrotas nas duas primeiras rodadas sem marcar gol. “O time tem condições de ir à Vila Belmiro e vencer o Santos”, afirmou o treinador, que ontem comandou seu primeiro treino no Brinco de Ouro.
Experiente e acostumado a lidar com pressão, Toninho Cecílio sabe do que o Guarani precisa. “Meu foco é resultado”, resumiu. “Seja no médio ou curto prazo, preciso atingir o resultado rapidamente. Esse foi o meu perfil como treinador e que trago na condição de gestor.”
Júnior Rocha vem de um bom trabalho realizado na Inter de Limeira. No Paulistão, ele chamou a atenção por conduzir a equipe da cidade vizinha às quartas de final, deixando para trás o Corinthians.
O novo comandante bugrino, de 43 anos, começou a carreira como treinador em 2013 no Luverdense, onde conquistou um acesso à Série B e títulos do estadual e da Copa Verde. Além do clube mato-grossense, disputou a Série B pelo CRB e ainda teve passagens por outros clubes, como Novorizontino, Santa Cruz e Figueirense. Júnior Rocha é o terceiro técnico do Guarani no ano. Antes de Claudinei Oliveira, a equipe foi dirigida por Umberto Louzer, demitido durante o Paulistão.
Já Toninho Cecílio, de 56 anos, foi zagueiro com passagens por Palmeiras, Botafogo, Cruzeiro e Seleção Brasileira. A partir de 2001, iniciou a carreira como gestor e treinador em clubes como Fortaleza, onde foi campeão cearense, Vitória, Bragantino, Avaí e Paraná. Também trabalhou por três anos no Palmeiras, onde levantou a taça do Campeonato Paulista de 2008. Foi ainda campeão da Série A2 do Paulista com o Santo André em 2016 e conquistou com a Portuguesa, seu último clube, a vaga de volta à elite estadual em 2022.
Em 2023 e 2024 Toninho ministrou aulas para o curso de Executivos da CBF. “Fiquei muito feliz ao receber o convite de um clube da grandeza do Guarani e estou bastante motivado com o novo desafio”, disse o profissional, que foi um dos nomes procurados pelo clube para substituir Juliano Camargo, demitido em fevereiro, mas as negociações não avançaram na ocasião.
Até o início desta semana, o cargo foi ocupado interinamente pelo coordenador de futebol, Danilo Silva. “Dessa vez, o acerto foi rápido, pois era meu desejo vir ao Guarani”, conta. “Não coloquei obstáculos.”