Em meio a problemas financeiros e troca de gestão, a Ponte Preta amanheceu surpreendida com a notícia de que funcionários do Recanto da Macaca, em Jaguariúna, cruzaram os braços e paralisaram as atividades nesta segunda-feira (29), em protesto contra falta de pagamentos e benefícios.
O grupo de colaboradores, que trabalha com as categorias de base do clube alvinegro, reivindica salários atrasados relativos ao mês de novembro, falta de depósitos da primeira parcela do décimo terceiro e do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), além de cestas básicas.
Um porta-voz informou que a greve será mantida até que se chegue a um acordo com a diretoria da Ponte Preta, mas garantiu que os funcionários não deixarão de assistir aos atletas menores de idade que necessitam de alimentação e cuidados no local. O CT de Jaguariúna abriga os jogadores das equipes sub-15 e sub-17.
O ano de 2021 da Ponte Preta ficará marcado pela realização de greves decorrentes de salários atrasados e falta de pagamentos de benefícios. Em janeiro, o elenco de jogadores do clube decidiu não treinar em protesto contra três meses sem receber direito de imagem, férias e décimo terceiro. Os atletas também fizeram pacto de silêncio em alguns momentos da temporada, como na reta final da Série B, também por pendências financeiras.
Confira abaixo a posição oficial da Ponte Preta, divulgada por meio da assessoria de imprensa do clube, sobre a greve dos funcionários do Recanto da Macaca, em Jaguariúna:
“A Ponte Preta tomou conhecimento de uma manifestação de alguns funcionários do Recanto da Macaca, em Jaguariúna, ocorrida na manhã desta segunda. O fato é inesperado, uma vez que não há atividades esportivas no local neste início de semana (os jovens atletas presentes apenas cumprem o calendário de aulas hoje) e, principalmente, porque não houve nenhum comunicado prévio nem à instituição nem tampouco ao/do Sindicado da Categoria – com quem a Ponte tem mantido um canal de diálogo aberto permanentemente, tendo inclusive se reunido na semana passada para informar sobre o salário que está atrasado (vencendo no quinto dia útil de novembro) e as perspectivas. A Ponte mantém sua política de transparência e está trabalhando continuamente para acertar a pendência existente, e vai apurar o ocorrido junto aos funcionários de Jaguariúna e ao Sindicato”.