Funcionários do serviço de saúde Doutor Cândido Ferreira protestaram nesta quarta-feira (4) em frente à Prefeitura de Campinas. Um trecho da avenida Anchieta teve de ser bloqueado pela Emdec. O ato é consequência da falta de acordo no valor do repasse feito pela Administração municipal à instituição. Nesta terça-feira (3), o Cândido comunicou que estuda fazer cortes para seguir com a assistência e atender à liminar judicial.
Para manter todos os serviços de saúde prestados à comunidade, o Cândido mobiliza 836 profissionais, que atualmente atendem 5,3 mil pessoas em Campinas. A instituição administra 11 dos 14 Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) do município, além de 21 residências terapêuticas, do Núcleo de Oficinas e Trabalho, cinco centros de convivência e do programa Consultório na Rua.
A renovação do convênio do serviço com a Prefeitura de Campinas atravessa um impasse quanto ao valor do reajuste. A Administração ofereceu 5,5% e a instituição pede 23%, a fim de elevar de R$ 6.068.301,83 para R$ 7.418.987,77 o valor mensal do repasse.
Segundo a instituição, o déficit mensal hoje é de R$ 1,3 milhão. O serviço calcula que precisará cortar perto de 100 trabalhadores.
A Justiça concedeu uma liminar à Prefeitura de Campinas na última sexta-feira (30), que garante a continuidade de todos os atendimentos em Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) e outros serviços que funcionam por meio de convênio assistencial com o Serviço de Saúde Dr. Cândido Ferreira.