Estudantes que buscam uma vaga na Universidade de São Paulo (USP) fizeram nesta segunda-feira (17) exames de disciplinas específicas, de acordo com a carreira escolhida. A prova de conhecimentos da 2ª fase do Vestibular Fuvest 2022 teve 2.431 candidatos ausentes, 7,9% em relação aos 30 mil convocados. A divulgação da primeira lista de aprovados ocorre em 11 de fevereiro.
Nesta segunda-feira, os candidatos fizeram provas de duas a quatro disciplinas, dependendo da carreira escolhida. Daniel Cecílio, diretor pedagógico do Curso Pré-Vestibular da Oficina do Estudante de Campinas, avaliou que a prova “teve a cara da Fuvest”: sem polêmicas, que pode ser avaliada como tranquila e, em muitos pontos, direta.
“A Fuvest abriu mão de trabalhar a questão da pandemia, vacinação e outros assuntos correlacionados. São assuntos em evidência e recentes, que ficaram de fora. Contudo, a prova foi contextualizada e ainda assim atual em outros aspectos. O nível de dificuldade foi, de forma geral, semelhante aos anos anteriores”, detalhou.
A prova de Biologia foi objetiva, com perguntas de dificuldade média, na opinião de André Bourg, professor do Oficina. “Foi relativamente mais fácil que 2021, não foi abordado nenhuma questão polêmica, os assuntos foram distribuídos em variadas áreas da biologia, não contemplando genética ou”, disse. A de física exigiu dos candidatos domínio conceitual da Física, domínio das principais equações e habilidades de interpretação e raciocínio lógico, segundo o professor do Oficina, Rodrigo Araújo.
O professor Dario Feltrin avaliou que a prova de Geografia da 2ª fase da Fuvest, em comparação com o ano anterior, surpreendeu com várias atualidades, como a questão geopolítica do Afeganistão e a crise Hídrica. Por outro lado, não apresentou questões polêmicas, mas sim bem tradicionais. Já da História, conforme o professor Felipe da Costa Mello, seguiu a linha geral, muito semelhante à do ano anterior, sem questões polêmicas, mas que propuseram reflexão sobre temas atuais.
Em matemática, Rodrigo do Carmo, avaliou como de nível de dificuldade de médio para difícil. “Talvez um assunto que faltou foi geometria plana. Não tivemos também questões de saúde ou relacionadas com a pandemia. Em geral, uma prova muito boa, que irá selecionar os melhores candidatos”, descreveu. Em química, o professor Renan Pimentel analisou que as questões estavam bem contextualizadas, “abordando assuntos que envolvem o cotidiano, por exemplo, o processo de descafeinação do café, chuva ácida, gasodutos dentre outros.”