A derrota por 1 a 0 para o Guarani no Dérbi 200, disputado neste último sábado (19), no Brinco de Ouro, não apenas mantém a Ponte Preta na lanterna da Série B por mais uma rodada, com apenas um ponto em cinco jogos, como também interfere na questão psicológica da equipe, que amarga três derrotas consecutivas, sem nenhum gol marcado, além de completar uma seca impressionante de 46 dias sem vitória.
À beira do gramado em quatro dos nove jogos de jejum, o técnico Gilson Kleina garante que fará a equipe dar a volta por cima.
“Tenho certeza que vou levantar o moral e a autoestima dos atletas, além de resgatar a confiança do torcedor. Quero tirar esse negativismo que está dentro da Ponte e criar um ambiente favorável de vitórias. É trabalhar para que todas as correntes dentro da Ponte Preta sejam positivas, trazendo energia e fazendo um vestiário forte. Sempre vivenciei a Ponte dessa maneira. A gente acredita muito no trabalho. Se não acreditarmos, então temos que ir embora”, afirmou em entrevista coletiva concedida logo após a derrota para o maior rival no clássico campineiro.
Gilson Kleina apontou que circunstâncias adversas, como promover estreias com a competição em andamento, influenciam no mau começo de Série B da Ponte Preta. “É ruim estrear jogadores durante o campeonato, além do fato de que o tempo que tivemos para preparar esse jogo foi muito curto. Mas agora é levantar o astral dos jogadores, entender que o processo é árduo e buscar a primeira vitória que vai nos dar confiança para deslanchar no campeonato. Vamos dar uma resposta positiva”, disse Kleina.
A Ponte busca os primeiros três pontos contra o Operário, na próxima terça-feira (22), às 19h, no Majestoso.
Apesar dos resultados negativos, o comandante da Macaca tenta enxergar algo positivo nesse momento complicado pelo qual a equipe vem atravessando. “Não adianta avaliar apenas o resultado, temos que analisar o desempenho. Nós soubemos sustentar e neutralizar, mas não soubemos definir. O coletivo, a atitude e a intensidade foram fortes. Mais uma vez, eu entendo que levamos um resultado ruim por detalhes. Quando estávamos melhor na partida, tomamos o gol. Não vejo que houve superioridade no jogo. O resultado de igualdade seria de maior mérito, até porque tivemos maiores ações de passe certo, posse de bola e finalizações”, observou Kleina.
Kleina comentou sobre a mudança de esquema tático para o Dérbi 200.
Ele também comentou sobre a mudança de esquema tático para o Dérbi 200. Após escalar três zagueiros na derrota para o Cruzeiro, na última quarta-feira (16), Kleina voltou a adotar linha defensiva com quatro jogadores contra o Guarani, mas afirmou que a variação continuará sendo treinada. “A gente vai continuar trabalhando o sistema de três zagueiros, mas necessitamos fazer ajustes. Como não conseguimos treinar e tínhamos alguns jogadores com muito desgaste, optamos por voltar ao conceito de quatro, até porque também é um ajuste que encaixava melhor com o sistema do Guarani”, justificou Kleina.