O Ministério da Saúde anunciou nesta sexta-feira (12) a compra de 10 milhões de doses da vacina Sputnik V, produzida pelo instituto russo Gamaleya em parceria com a farmacêutica brasileira União Química. O contrato foi assinado e as doses deverão ser disponibilizadas no primeiro semestre. Devem ser entregues 400 mil doses até abril, 2 milhões até maio e 7,6 milhões em junho.
De acordo com o ministério, a União Química afirmou que pretende fabricar o imunizante no Brasil, em fábricas em São Paulo e no Distrito Federal. A possibilidade de produção 100% nacional será avaliada pelo ministério nas próximas semanas e pode levar à concretização de outro acordo comercial.
“Para que possamos efetivamente aplicar a Sputnik, só necessitamos que a União Química providencie com a Anvisa, o quanto antes, a autorização para uso emergencial e temporário”, afirmou Elcio Franco, secretário do Ministério da Saúde
Enquanto as vacinas não chegam em número suficiente, governadores e prefeitos também anunciaram nesta sexta-feira (12) acordos para compra da Sputnik. O governador da Paraíba, João Azêvedo, disse que o Consórcio Nordeste apresentará nesta sexta proposta ao Fundo Soberano Russo para comprar 39,6 milhões de doses da vacina.
Os Estados Unidos também estudam enviar doses da vacina da AstraZeneca/Oxford contra a covid-19 para outros países, incluindo o Brasil. A informação foi publicada nessa quinta-feira (11) pelo jornal The New York Times.
Segundo a publicação, dezenas de milhões de doses estão armazenadas em fábricas norte-americanas enquanto a vacina aguarda aprovação do órgão regulatório do país.
Apesar da vacina já estar autorizada em diversas nações, ainda não foram apresentados os ensaios clínicos realizados nos Estados Unidos. Com isso, a farmacêutica não solicitou autorização para uso emergencial à FDA (Food and Drug Administration), responsável por uma das etapas de aprovação de imunizantes nos EUA.
Até o momento, o país autorizou o uso das vacinas de Pfizer/BioNTech, Moderna e Johnson & Johnson.