O grupo islamita Hamas anunciou no início da madrugada desta quarta-feira (31) a morte do líder Ismail Haniyeh em um ataque que atribuiu a Israel, em Teerã, onde se encontrava em visita oficial.
“O irmão líder, mártir combatente Ismail Haniyeh, líder do movimento, morreu em resultado de um ataque traiçoeiro em Teerã, depois de participar na cerimónia de posse do novo presidente iraniano”, divulgou o Hamas em comunicado.
O anúncio da morte de Haniyeh foi feito pelos Guardas da Revolução iranianos na televisão estatal do país. “Isso não vai ficar impune”, declarou o grupo palestino.
O presidente iraniano, Massoud Pezeshkian, prometeu fazer com que Israel “se arrependa” de um ato que considerou “covarde”.
“A República Islâmica do Irã vai defender a integridade territorial, a honra, o orgulho e a dignidade, e vai fazer com que os invasores terroristas (Israel) se arrependam do ato covarde”, declarou Pezeshkian nas redes sociais.
Na mesma mensagem, o presidente do Irã prestou homenagem a Ismail Haniyeh, que foi descrito como um “líder corajoso”.
Autoridades palestinas e países como Irã, Turquia e Rússia também condenaram a morte do dirigente. As autoridades israelitas, por sua vez, não confirmaram qualquer ataque em Teerã.
Haniyeh nasceu no campo de refugiados de Al-Shati, na Faixa de Gaza ocupada pelo Egito em 1962 e estudou na Universidade Islâmica de Gaza, onde se envolveu pela primeira vez com o Hamas. Licenciou-se em literatura árabe em 1987.
Foi escolhido para dirigir um gabinete do Hamas em 1997 e em 2006 liderava a lista do movimento que venceu as eleições legislativas palestinianas, transformando-se no primeiro-ministro de um governo de unidade com o Fatah de Mahmud Abbas.
As divergências entre as duas formações terminaram com a expulsão do Fatah de Gaza e a tomada do poder no enclave pelas forças fundamentalistas, governado pelo Hamas desde 2007. (Agência Lusa)











