Como parte das celebrações do aniversário de Campinas, que completou 248 anos na última quinta-feira (14), um evento em homenagem à histórica corrida “Volta do Chapadão”, realizada entre as décadas de 1930 e 1950, atraiu amantes de automobilismo e carros antigos na manhã deste domingo (17), no Balão do Castelo, um dos cartões postais da cidade.
Além da exposição de veículos com mais de 60 anos de existência, houve uma simulação de corrida com as antigas “baratinhas” em torno da Torre do Castelo.
Idealizado pelo antigomobilista Ronaldo Moreira, popularmente chamado de Ronaldo Topete, o “Circuito do Chapadão 2022” resgatou a memória do antigo circuito automobilístico e o legado do pioneiro piloto brasileiro Benedicto Lopes, conhecido como “Campineiro Voador”, vencedor da “Volta do Chapadão” em 1937.
Com apoio da Prefeitura Municipal de Campinas, a atividade contou com as ilustres presenças da Secretária de Cultura e Turismo, Alexandra Caprioli, e do Secretário de Esportes e Lazer, Fernando Vanin, envolvido no projeto desde 2017, quando um evento semelhante ocorreu em homenagem aos 80 anos da conquista de Benedicto Lopes.
Sobre a “Volta do Chapadão”
Primeira corrida oficial e profissional de automóveis no estado de São Paulo, realizada alguns anos antes da inauguração do Autódromo de Interlagos, em São Paulo, a “Volta do Chapadão” surgiu em 1935, em Campinas, com participação fundamental em sua concepção do piloto campineiro Benedicto Moreiras Lopes (1904-1989), ao lado de políticos e empresários da cidade.
Mesmo em um tempo anterior à existência da Fórmula 1, criada em 1950, que representa atualmente o nível mais alto do automobilismo mundial, pilotos internacionais de países como Itália, Portugal e Inglaterra vieram até Campinas para participar da Volta do Chapadão.
Ainda nas ruas de terra vermelha que nem imaginam receber uma camada de asfalto, o trajeto da “Volta do Chapadão” somava aproximadamente 11 km de extensão, largando próximo ao Castelo e passando pela região do Guanabara.
A primeira edição da “Volta do Chapadão”, em 1935, foi vencida pelo piloto brasileiro Chico Landi. Em 1936, a corrida não foi realizada e, em 1937, o “Campineiro Voador” se sagrou campeão. Benedicto Lopes também chegou a competir fora do país, tornando-se apenas o segundo brasileiro a disputar provas de automobilismo fora do território nacional.
Com o advento da Segunda Guerra Mundial, que durou entre 1939 e 1945, a “Volta do Chapadão” ficou 10 anos interrompida e só voltou a ocorrer outras três vezes, em 1947, 1948 e 1953, todas com participações do campineiro Benedicto Lopes, mas sem o mesmo destaque.
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