A infectologista Raquel Stucchi, professora da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) participa nesta quarta-feira (1º) de episódio do “Ciência e Cultura, vamos brincar?”, do Projeto WASH, que vai falar sobre as vacinas e sua importância na prevenção de doenças, além das dúvidas que levam parte da população a resistir à imunização.
No programa, a especialista destaca a segurança das vacinas. “A vacina faz com que nosso organismo produza as células de defesa contra o coronavírus. E não, nenhuma vacina tem poder para mudar nosso DNA”, afirma.
A infectologista informa que para bloquear a transmissão do vírus de pessoa para pessoa é preciso ter a vacinação completa.
“Muitos não tomaram a segunda dose por motivos variados, como a informação incorreta de que uma dose basta, medo da reação e outros. Mas é importante reforçar, insistir para que todos tomem a segunda dose”, diz a professora, em referência ao calendário de vacinação contra a Covid-19.
Raquel cita ainda porque está sendo anunciada uma terceira dose, de reforço para grupos específicos. “Como anunciado pelo governo, a terceira dose é muito importante porque alguns grupos já perderam a proteção que a vacina dá porque foram vacinados há mais de seis meses e o sistema de defesa deles não consegue manter a proteção”, comenta, citando como exemplo os grupos de idosos e de imunossuprimidos. “Eles devem ser vacinados novamente, senão podem vir a adoecer, com adoecimento mais grave, internação e até risco de morte”, alerta Raquel, que é consultora da Sociedade Brasileira de Infectologia.
Raquel ressalta ainda que a vacinação em adolescentes é eficaz e segura para o controle da pandemia. “Precisamos do maior número possível de imunizados, ter pelo menos 80% da população completamente vacinada. Por isso, os adolescentes também devem receber a vacina”, aponta.
A especialista lembra que algumas pessoas podem ter reações à vacina, mas os sintomas como febre, dor no corpo, diarreia, duram no máximo 48h e podem ser controlados. “Ter reação é algo que faz parte da vacinação, algumas pessoas têm, outras não, mas as reações da doença não muito mais graves que as vacinais”, ressalta.
São muitas as dúvidas que surgem quando se fala nesse assunto. Neste episódio do programa “Ciência e Cultura, vamos brincar?”, a Cia. Cultural Bola de Meia, com os atores Jacqueline Baumgratz e Celso Pan, viaja no tempo para contar sobre o surgimento das vacinas e sobre os heróis e heroínas que estudaram e trabalharam para que elas fizessem parte de nossas vidas.
Ciência
No episódio, o físico Wil Namen, do Movimento Nós Somos a Ciência e apresentador do programa, conversa com a biomédica Mellanie Fontes-Dutra, mestre e doutora em Neurociências e com pós-doutorado em Bioquímica pela UFRGS. Mellanie é coordenadora da Rede Análise Covid-19, membro do grupo Infovid e colaboradora do Instituto Questão de Ciência e reforça a segurança da vacina.
O Projeto WASH participa ainda do programa com o desenvolvedor de sistemas e bolsista Michel Morandi, que explica o processo de adaptação das oficinas de Scratch para o modelo remoto, na EMEF Professor Aristeu José Turci, em Jacareí (SP), uma necessidade imposta pelo isolamento social. O conteúdo do Ciência e Cultura está disponível em Libras, a língua brasileira de sinais e com legendas.
A Websérie “Ciência e Cultura, vamos brincar?” é uma coprodução do Programa WASH, coordenado por Victor Mammana, do Movimento Nós Somos a Ciência e da Cia. Cultural Bola de Meia. “A proposta é popularizar a ciência, estimular a cultura científica com arte, diversão, tecnologia e comunicação para todo o público, com prioridade para as crianças e adolescentes”, diz Elaine da Silva Tozzi, idealizadora do “Ciência e Cultura, vamos brincar?”.
SERVIÇO:
Ciência e Cultura, vamos brincar? – Vacina
Dia 1°/9, às 12h, com reprise na quinta, às 17h, pela rede TVT
Disponível no YouTube