O gabinete do governador de Istambul proibiu neste domingo (30) 22ª Marcha do Orgulho LGBTQI+ e ordenou o bloqueio no centro da cidade para impedir a concentração do que descreveu como “grupos ilegais”.
A marcha não será permitida, anunciou sem mais explicações o gabinete do governador, Davut Gül, cujo cargo não é eleito, mas nomeado pelo governo islâmico conservador da Turquia.
Os grupos de defesa dos direitos LGBTQI+ tinham apelado à realização de uma marcha de protesto não autorizada na principal cidade do país euro-asiático.
Mas a área em redor da praça central Taksim foi fechada, com a polícia controlando o tráfego erguendo barreiras.
Embora as relações entre pessoas do mesmo sexo não sejam proibidas na Turquia, o governo do presidente islamista Recep Tayyip Erdogan tenta há anos impedir a realização da marcha. No ano passado, dezenas de pessoas foram detidas no desfile não autorizado.
Apesar da proibição, o chamado Comité da Semana do Orgulho partilhou neste domingo uma série de recomendações nas redes sociais para as pessoas LGBTQ+ que desejam participar na Parada.
O Comité recomendou que os participantes levem “documentos de identidade, papel e caneta para documentar qualquer possível processo de detenção e telefone para registar possível violação de direitos”. (Agência Lusa)