Campinas encerrou o mês de janeiro com chuva 12,9% acima do esperado. Isso explica o alto volume que a população tem percebido nos últimos dias e também os transtornos causados em diversas regiões da cidade.
Foram contabilizados 313mm de precipitação, enquanto a média esperada para o mês era de 277,6 mm. Segundo dados do Centro de Pesquisas Meteorológicas Aplicadas à Agricultura (Cepagri) da Unicamp, esse é o maior índice registrado em cinco anos. Em janeiro de 2017, o volume tinha sido de 355,3 mm. Somente nas últimas 72 horas foram 219,7 mm.
“O que provocou a chuva nesses últimos dias, nesse total acumulado, é que estamos com a influência da Zona de Convergência do Atlântico Sul, que é um corredor de umidade que vem da região amazônica, associado a uma frente fria estacionária no Oceano Atlântico, na costa próximo ao Estado de São Paulo. São dois fenômenos chuvosos ocorrendo simultaneamente, por isso nós tivemos esse elevado volume de chuvas praticamente em todo o Estado de São Paulo”, explica Ana Ávila, pesquisadora do Cepagri.
Ainda de acordo com a pesquisadora, fevereiro deve ter chuvas nos primeiros dias do mês, mas o acumulado deve ficar dentro ou até abaixo da média.
“De forma geral, em termos climatológicos espera-se que o mês de fevereiro seja dentro da normalidade ou até mesmo abaixo da média. Nesses primeiros dias de fevereiro nós teremos chuvas, começa agora no final da semana novamente as condições de chuvas. Mas não é esperado, evidentemente, um fenômeno como o atual, mas são esperadas chuvas novamente aqui para a nossa região em forma de pancadas”, finaliza.