Diante da marcação de um pênalti bastante questionável nos acréscimos do segundo tempo, determinando o empate em 1 a 1 entre Ponte Preta e Vila Nova, na noite do último sábado (2), no estádio Moisés Lucarelli, a revolta tomou conta de jogadores, torcedores e dirigentes da Macaca.
Até mesmo jornalistas e torcedores de outros clubes foram tomados pela indignação com a injustiça causada pela arbitragem. É unanimidade que o pênalti foi inexistente.
A Macaca vencia o Tigre por 1 a 0 até os 49 minutos do segundo tempo, com gol de falta do lateral-esquerdo Rafael Santos, quando o árbitro Adriano Barros Carneiro, do Ceará, foi acionado pelo árbitro de vídeo Wanderson Alves de Sousa, de Minas Gerais, para interpretar possível pênalti em um lance de mão na bola dentro da área.
Embora o jogador pontepretano tenha pulado com o braço junto ao corpo, sem aumentar a região do corpo, o juiz se convenceu pelo replay a mudar a decisão de campo e assinalou a penalidade, que acabou convertida por Pedro Júnior, aos 54′.
Logo após a partida, o executivo de futebol do clube alvinegro, Alarcon Pacheco, realizou um forte pronunciamento contra a decisão da arbitragem, alegando reincidência de erros e pedindo que medidas sejam tomadas pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF).
Na última quarta-feira (29), a Ponte Preta havia sido derrotada por 2 a 1 de virada para o CSA, em Maceió, também com um gol de pênalti polêmico nos acréscimos do segundo tempo, após toque no braço do zagueiro Cleylton.
“Eu gostaria de lamentar tudo isso o que aconteceu aqui, mais uma vez, com a Associação Atlética Ponte Preta. É uma coisa absurda. É um lance que todo mundo viu que não foi penalidade. Mais uma vez, no final da partida, assim como foi também lá em Maceió, onde o árbitro foi pressionado”, esbravejou Alarcon Pacheco.
“Nós temos feito inúmeros requerimentos e comunicados ao Departamento Nacional de Arbitragem, na pessoa do presidente Leonardo Gaciba, mas nunca obtivemos uma resposta que não fosse assim: o reclamante não tem razão. Ou seja, os fatos se repetem e o reclamante nunca tem razão. A gente vem sendo prejudicado jogo a jogo”, garante ele.
“Os pontos são tirados da nossa equipe e a campanha vai ficando cada vez mais apertada por conta de erro de arbitragem. Antes era sem VAR e, agora, com VAR. No início, sofremos bastante e agora continuamos a sofrer”, acrescenta o dirigente.
“Vamos continuar buscando, junto à Federação Paulista, o apoio necessário para termos solução da CBF. Não é possível que a gente passe por uma situação dessas. Trabalhamos e fizemos um jogo difícil que sabíamos que ser importante para nós. No final, saímos prejudicados por um cidadão que vem aqui tentar manchar ou macular o nosso trabalho, trazendo uma situação dessa”, reclamou, enfurecido, Alarcon Pacheco.
“Para complementar, gostaria de dizer a aqueles que estão para prejudicar a Ponte Preta, assim como foi na última partida lá em Maceió, que não vão conseguir. A nossa equipe está unida e forte. Vamos ter o apoio do nosso torcedor na próxima partida dentro de casa”, disse Allarcon.
“Nós temos trabalhado diuturnamente, concentrado, viajando e buscando sempre fazer o melhor, não só a direção, como os jogadores, atletas e funcionários para que a gente possa sair dessa situação. Nós temos certeza de que vamos vencer todas essas dificuldades que nós estamos enfrentando, principalmente essas adversidades com relação a erros grotescos de arbitragem contra a instituição Ponte Preta”, garantiu o dirigente pontepretano.
Os jogadores
Além das incisivas palavras de Alarcon Pacheco, os jogadores da Ponte Preta também se manifestaram nas redes sociais com uma nota de repúdio, publicada nesta última madrugada. Leia abaixo o texto do pronunciamento:
Nós, atletas do elenco da Ponte Preta, vimos a público manifestar nossa total indignação em relação ao pênalti inexistente que foi marcado aos 54 minutos do segundo tempo do jogo deste sábado, quando vencíamos de maneira legítima o Vila Nova. As decisões dos senhores Adriano Barros Carneiro, que apitou o jogo, e do responsável pelo VAR, Wanderson Alves de Sousa, foram equivocadas, inexplicáveis e de uma incompetência que pode ser vista e confirmada em vídeo amplamente divulgado. Como jogadores profissionais e integrantes de uma instituição à qual nos dedicamos e que merece todo o respeito, esperamos que a CBF atenda ao justo protesto de nossa diretoria e tome providências até mesmo para que o sistema adotado não caia em total descrédito.