Uma forte manifestação de movimentos sociais ligados ao combate ao feminicídio está prevista para a tarde desta quinta-feira (2), em frente o Palácio da Justiça, na Praça Guilherme de Almeida, no Centro de Campinas. No interior do tradicional prédio da região central da cidade, começa o julgamento do assassinato de Thaís Fernanda Ribeiro, ocorrido em 2019. Na época, ela tinha 21 anos e foi executada com 11 tiros pelo ex-namorado.
O julgamento, previsto para as 13h, acontece depois de dois adiamentos, desde agosto de 2022.
Em novembro de 2021, Lucas Henrique Siqueira Santana havia sido condenado em 1ª instância a 18 anos de prisão, mas a sentença foi anulada após o Ministério Público (MP-SP) e a advogada da família recorreram ao TJ-SP sob a alegação de que os jurados desconsideraram a qualificação de feminicídio no julgamento.
A 2ª Câmara de Direito Criminal determinou um novo júri, que foi marcado para 25 de agosto de 2022, mas houve o primeiro adiamento para novembro após a Defensoria Pública recorrer ao Superior Tribunal de Justiça (STJ). Em outubro, ocorreu novo adiamento em função de uma determinação com regras especiais no penúltimo mês do ano passado para expediente dos tribunais em dias de jogos da Seleção Brasileira na Copa do Mundo.

O caso
Thaís Fernanda Ribeiro, que trabalhava como operadora de caixa em um mercado, foi assassinada em imóvel que seria de Lucas Henrique Siqueira Santana na Rua Elza Monnerat, na região do CDHU San Martin. Eles eram namorados e o relacionamento de três anos havia chegado ao fim na semana anterior ao crime, que ocorreu em 10 de maio de 2019.
Testemunhas dizem que Lucas, à época com 23 anos, não aceitava o término do namoro.
O assassinato motivou a criação da lei municipal 15.848 de dezembro 2019 que estabelece a Semana de Combate ao Feminicídio na cidade. As manifestações sempre ocorrem no início de maio.
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