Após declarações do presidente Jair Bolsonaro, a justiça do Rio determinou o afastamento da presidente do do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Larissa Rodrigues Peixoto Dutra. O pedido de afastamento foi feito pelo Ministério Público Federal (MPF) e pelo ex-ministro da Cultura e deputado federal licenciado Marcelo Calero (Cidadania-RJ).
Em um evento da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), na última quarta-feira, Bolsonaro afirmou que demitiu profissionais do Iphan para “não dar dor de cabeça”, em razão da paralisação das obras de lojas comerciais do empresário Luciano Hang, dono da rede Havan, quando se achou um artefato arqueológico nas escavações.
Larissa Dutra assumiu a presidente do Iphan em outubro, por indicação de Bolsonaro, que na ocasião já havia reclamado sobre a atuação do Iphan.
A decisão é assinada pela juíza Mariana Tomaz da Cunha, da 28ª Vara Federal do Rio de Janeiro, e determina o afastamento de Larissa da presidência do Iphan até o julgamento do mérito do caso. Na sentença, a juíza disse que há “uma relação de causa e efeito entre as exigências que vinham sendo impostas pelo Iphan à continuidade das obras do empresário e a destituição da então dirigente da entidade”.