A cidade norte-americana de Las Vegas viveu na quarta-feira (10) o quinto dia consecutivo de temperaturas escaldantes, com os termômetros chegando a 46,1ºC. A massa de ar quente que penetra no território deve elevar ainda mais a temperatura nos Estados Unidos no fim de semana.
Mesmos pelos padrões do deserto, o calor prolongado na maior cidade do Estado do Nevada é inédito. Segundo os meteorologistas, trata-se da onda mais quente desde que o Serviço Nacional de Meteorologia foi estabelecido em 1937.
Nos últimos dias, a cidade registrou recordes nas temperaturas máximas e isso bem antes do início oficial da época de verão. “E ainda nem chegámos no meio de julho”, realçou o meteorologista Morgan Stessman.
Na segunda-feira (8), foi registrado o máximo histórico de 48,4ºC, superando o recorde anterior, que era de 47.2ºC.
Alyse Sobosan, moradora de Las Vegas há 15 anos, considerou este julho o mais quente do período. Ela diz que procura não sair de casa durante o dia. “Está um calor opressivo. É como se não pudesse viver a sua vida”, especificou.
Técnicos do setor da saúde estão em alerta. Só este ano já foram registrados pelo menos nove mortes relacionadas ao calor no condado de Clark, nos arredores de Las Vegas. O número de óbitos, no entanto, deve ser maior, de acordo com especialistas.
“Mesmo pessoas com uma idade média que são aparentemente saudáveis podem arrefecer”, diz Alexis Brignola, epidemiologista no distrito de saúde do sul do Nevada.
Para os moradores de rua e outras pessoas sem acesso a ambientes seguros, as autoridades locais disponibilizaram centros de emergência ao longo do Nevada.
Mais de 142 milhões de pessoas nos EUA estiveram sob alertas de calor na quarta-feira. Mas também há alertas para a parte oriental do país, como a área de Filadélfia, o norte do Estado do Delaware e quase todo o de Nova Jérsia. (Agência Lusa)