Campinas lidera o ranking da região de interrupções de energia causadas por queimadas no primeiro semestre de 2023. Foram 57 ocorrências, de acordo com a CPFL. Sumaré aparece em seguida, com 32 casos, enquanto Hortolândia fica em terceiro, com 27. Na região, as queimadas causaram 209 ocorrências de queda no fornecimento de energia nos seis primeiros meses do ano, 7,5% amenos em comparação com o mesmo período do ano passado, quando ocorreram 226 interrupções.
A queda em Campinas foi ainda mais acentuada, de 28,75%. No primeiro semestre de 2022 ocorreram 80 interrupções, contra 57 no mesmo período de 2023. Dentre as 10 cidades com mais ocorrências por queimadas na região, apenas Campinas, Santa Bárbara d’Oeste, Americana e Itatiba apresentaram queda nos números.
As queimadas recebem especial atenção das concessionárias de energia elétrica nessa época do ano porque a baixa umidade oferece condição propícia aos incêndios. A ação dos ventos também contribui para propagar as chamas, agravando seus efeitos nas linhas de transmissão e distribuição.
O levantamento, feito pelo Centro de Operações da CPFL Paulista, considerou interferências provocadas na rede de distribuição por incêndios de todas as proporções, em área urbana ou rural.
Marcos Victor Lopes, gerente de Saúde e Segurança do Trabalho da CPFL Energia, destaca a atuação da empresa em ações de conscientização sobre o tema, por meio da campanha Guardião da Vida.
“Investimos os nossos esforços constantemente em alertas para a população sobre os sérios impactos gerados pelas queimadas. Responsável por acarretar destruição ambiental e danos à saúde das pessoas, com a emissão de gases poluentes, elas também podem afetar o fornecimento de energia. Dependendo do trecho afetado, estabelecimentos essenciais como comércios e hospitais podem ser prejudicados de maneira substancial”, afirma.
O gerente observa ainda que os incêndios sob a rede de distribuição de energia têm, muitas vezes, origem criminosa ou são causados pelo uso do fogo como método de limpeza em alguns cultivos. Assim, um incêndio criminoso ou uma queimada mal controlada para atividades agrícolas também podem colocar em risco o fornecimento de energia, provocando prejuízos.