O total de ligações clandestinas de energia elétrica cresceu 107% em Sumaré em 2022. Embora com queda no número de registros, Campinas segue liderando o ranking de furto de energia dentre os 32 municípios da região atendidos pela CPFL Paulista. No ano passado, 5.247 ligações clandestinas, conhecidas por “gatos”, foram identificadas pela companhia. Em toda a região, a CPFL regularizou 11,9 mil ligações em 2022.
Em 2021, foram localizados em Campinas 6.139, número que caiu para 5.247 no ano passado. Enquanto Campinas apresentou queda, alguns municípios apresentaram mais casos de ligações desfeitas, casos de Sumaré e Hortolândia, onde o aumento chegou a 43%.
“Fizemos mais de 76 mil inspeções em campo. Essas verificações são cada vez mais assertivas, já que partimos de uma base de dados que nos indica endereços onde possivelmente a prática está presente. Além das inspeções, seguiremos trabalhando, em tecnologias e sistemas cada vez mais robustos e integrados”, comenta Victor Rios Silva, gerente de Recuperação de Energia da CPFL Energia.
As dez cidades com mais casos de ligações clandestinas desfeitas
A CPFL reforça que, ao fazer uma ligação clandestina, o morador coloca em risco a sua vida, a da família e a dos vizinhos. Isso porque o “gato” não segue qualquer padrão de segurança da rede elétrica. Em geral, ele é feito com fios, relógios e disjuntores adulterados, sem a certificação do Inmetro. Além disso, o risco de oscilações no fornecimento de energia, curto-circuito e incêndio é constante porque as ligações irregulares podem causar sobrecarga na rede elétrica.
O combate às fraudes e ao furto de energia também é importante pelo aspecto comercial. Parte da energia furtada é reconhecida pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) no cálculo da tarifa, ou seja, os demais clientes, com fornecimento e conta regulares, acabam pagando parte do valor que deixou de ser pago pelos fraudadores.
Clientes podem denunciar de forma sigilosa. As denúncias podem ser realizadas pelo aplicativo “CPFL Energia”, disponível para Android e iOS, pelo site ou pelo e-mail [email protected]. As denúncias são anônimas e ajudam a companhia a identificar locais que estejam praticando fraudes na ligação de energia.
O furto de energia é crime previsto no Código Penal brasileiro. A pena pode chegar a oito anos de prisão. Sempre que constatada fraude, a empresa preenche um Termo de Ocorrência de Inspeção (TOI) e, na sequência, calcula a quantidade de energia que deixou de passar pelo medidor do local. Assim, estabelece o valor correspondente, que deverá ser pago à distribuidora.