Subiu para oito o total de mortes causadas pela dengue em Campinas neste ano. A Secretaria de Saúde confirmou na tarde desta terça-feira (2) mais quatro óbitos pela doença – e o primeiro sem envolver idosos. Em 2023, o município registrou três mortes por dengue.
De 1 de janeiro até esta terça-feira, Campinas teve 36.808 casos confirmados de dengue. A cidade declarou situação de emergência em 7 de março, e a Saúde já divulgou um alerta sobre a transmissão da doença em todas as regiões da cidade.
Esta é a terceira maior epidemia da história. Foram 65.755 casos em 2015 e 42.405 em 2014, os dois piores anos da doença até aqui.
Dentre as vítimas está uma mulher, 39 anos, atendida na rede pública e moradora da área de abrangência do Centro de Saúde (CS) União de Bairros. Ela apresentou sintomas em 24 de fevereiro e o óbito ocorreu em 2 de março. Foi confirmada infecção pelo sorotipo 2.
Outra mulher, 91 anos, moradora da área de abrangência do CS Santo Antônio, apresentou sintomas em 24 de janeiro e o óbito ocorreu em 30 de janeiro. O sorotipo não foi identificado no exame. Ela foi atendida na rede privada de outro município.
No dia 13 de março faleceu um homem de 63 anos, atendido na rede pública e morador da área de abrangência do CS Vista Alegre. Ele apresentou sintomas em 8 de março. Foi confirmada infecção pelo sorotipo 1.
A quarta vítima é uma mulher, 89 anos, moradora da área de abrangência do CS Sousas. Ela teve sintomas em 10 de março e veio a óbito em 14 de março. Foi confirmada infecção pelo sorotipo 1.
As outras quatro mortes foram de um homem de 94 anos, falecido em 15 de fevereiro; de uma mulher, 86 anos, morta em 15 de fevereiro, por infecção pelo sorotipo 2; uma mulher de 94 anos, que veio a óbito no dia 12 de fevereiro, pelo sorotipo 1; e um homem de 72 anos, cujo óbito ocorreu em 3 de março, pelo sorotipo 2 da dengue.
Orientações sobre assistência e alerta para idosos
A pessoa que tiver febre deve procurar um centro de saúde imediatamente para diagnóstico clínico. Portanto, a Saúde faz um apelo para que a população não banalize os sintomas e também não realize automedicação, o que pode comprometer a avaliação médica, tratamento e recuperação.
Já quem estiver com suspeita de dengue ou doença confirmada e apresentar sinais de tontura, dor abdominal muito forte, vômitos repetidos, suor frio ou sangramentos deve buscar o quanto antes por auxílio em pronto-socorro ou em UPA.
A médica do Departamento de Vigilância em Saúde (Devisa) Elda Motta reforçou a importância da hidratação e da avaliação médica, principalmente para idosos, gestantes, crianças e pessoas que tenham comorbidades.
“A dengue é uma doença que faz a pessoa desidratar mesmo quando não tem perdas aparentes, como vômito e diarreia, por isso, a pessoa precisa se hidratar, beber soro de reidratação oral e água para evitar complicações e procurar por atendimento médico para orientações. É importante que o paciente passe por avaliação clínica, tenha a pressão arterial medida e siga as recomendações recebidas. Lembrar que o volume de líquido que deve beber é grande, por volta de 60 ml por quilo de peso, e que alguns sinais de desidratação não são valorizados como apatia, irritabilidade, perda de apetite e perda de vontade de ingerir líquidos”, explicou.