A reformulação da Ponte Preta segue a todo vapor e também atinge a comissão técnica da equipe profissional. Apesar da manutenção do treinador Gilson Kleina para a próxima temporada, o auxiliar técnico Sandro Forner e o preparador de goleiro Beto Guastali, mais conhecido como Betão, não fazem mais parte do quadro de funcionários do clube alvinegro. Para as respectivas funções, assumirão os ex-jogadores pontepretanos Nenê Santana e Lauro.
“Estas mudanças fazem parte da reformulação que estamos fazendo tanto do ponto de vista financeiro como para oxigenar o setor, então neste momento temos que abrir mão dos serviços deles”, justificou o presidente Marco Eberlin.
“Agradecemos muito ao Sandro, que chegou como técnico do sub-20, conquistou seu espaço e até já atuou como treinador interino no profissional. Ele é um grande profissional, assim como ninguém tem dúvida alguma que o Betão também é um excelente profissional, demonstrando isso em 10 anos de serviços prestados para a Ponte”, agradeceu o novo presidente eleito Marco Antonio Eberlin, que assume o comando do clube a partir de janeiro de 2022.
“Ao total, foram pouco mais de 10 anos trabalhando juntos! Sempre cobrando mais de mim. Sempre procurando evoluir. Uma parceria de respeito e profissionalismo. Obrigado, Beto Guastali! Futebol é dinâmico e tenho certeza que ainda vamos trabalhar juntos novamente. Que Deus abençoe na sua nova caminhada”, despediu-se o goleiro Ivan, que trabalhou com Betão desde as categorias de base da Ponte Preta.
Novo auxiliar técnico fixo da Ponte Preta, o ex-zagueiro Nenê Santana foi revelado no Moisés Lucarelli e defendeu a Macaca entre os anos 70 e 80, tendo participado de três vice-campeonatos paulistas da equipe, em 1977, 1979 e 1981. Ao longo da carreira, Nenê acumulou seis convocações para a Seleção Brasileira, sendo cinco delas enquanto jogava em Campinas.
“A Ponte me deu tudo que tenho, foram mais de 15 anos e 250 jogos. Quero passar para os jogadores que aqui é um lugar especial, tem um comportamento diferente, vibração e entusiasmo redobrados. Tem que ter coração e vibração, mas ao mesmo tempo jogar com a cabeça”, diz Nenê Santana.
Aos 64 anos, Nenê Santana retorna ao Majestoso após 16 anos anos desde sua última passagem pelo clube, como coordenador técnico e treinador, entre 2004 e 2005. “Minha expectativa é muito grande e creio que posso ajudar muito com minha experiência e conhecimento. Sou um cara tranquilo, ponderado e estou certo de que posso colaborar como um trabalho honesto e aberto, inclusive tendo muita transparência com nossa torcida e com a imprensa”, afirmou Santana.
“O Nenê é um profissional experimentado, que sabe tudo de Ponte Preta. A vinda dele como auxiliar com certeza é uma ótima notícia e vai trazer muitos frutos para o time e a instituição”, garante o presidente Marco Eberlin, que também trouxe um ex-jogador pontepretano para o cargo de coordenador de futebol, no caso Luís Fabiano, que substituiu o executivo Alarcon Pacheco.
A função de preparador de goleiros seguiu a mesma tendência, já que o ex-goleiro Lauro, de 41 anos, está de volta à Ponte Preta após defender a meta alvinegra em duas ocasiões diferentes, primeiro de 1999 a 2005 e depois em 2012. Em 2003, ele chegou a marcar um gol de cabeça aos 52 minutos do segundo tempo em um jogo contra o Flamengo, determinando o empate por 2 a 2 no Moisés Lucarelli, pelo Campeonato Brasileiro.
“A Ponte Preta sempre foi um grande celeiro de goleiros, revelando e tendo grandes nomes como Ciasca, Waldir Peres, Carlos, Sérgio Guedes, Aranha e Brigatti. Chego em um momento em que o elenco tem grandes profissionais nesta posição, entre eles o Ivan, que é goleiro de Seleção Brasileira. Este era um lugar que vinha sendo ocupado por um profissional reconhecido, o Betão, então nem preciso dizer que minha responsabilidade é enorme e darei meu máximo para estar à altura de toda essa história”, ressaltou Lauro.
“Sei por experiência própria o que é ser goleiro de um time tão tradicional e apaixonante como a Ponte Preta. Podem ter certeza que darei meu melhor para que nossos goleiros continuem honrando a tradição da Macaca embaixo das redes”, disse Lauro.
“Tive o privilégio de aprender com gente como Oscar e Flávio Tenius quando estive no Cruzeiro, Marquinhos e Maia no Internacional, além de Chiquinho no Atlético Mineiro. Já aqui na Ponte, meu preparador foi o João Brigatti, que além de ensinar no gol, dividia conosco uma paixão enorme pela camisa pontepretana”, ressalta Lauro.