O manejo de árvores no Bosque dos Jequitibás, em Campinas, terá início nesta quinta-feira (20), após um período de polêmicas em relação ao número de árvores que deveriam ser removidas do local.
Conforme a Prefeitura de Campinas, o trabalho começa após aval do Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico (Condephaat), ligado ao governo do Estado de São Paulo, que chegou na tarde desta quarta-feira (19).
O manejo deve levar até duas semanas. Depois dessa ação, o Bosque dos Jequitibás, fechado desde o dia 24 de janeiro, poderá ser reaberto, com segurança, ao público, informa a Administração Municipal.
“Por ser tombado como patrimônio nas instâncias municipal e estadual, foi necessário aguardar a análise dos dois Conselhos, de Defesa do Patrimônio Cultural de Campinas (Condepacc), municipal, e Condephaat (estadual), para iniciar o trabalho com as árvores”, detalha a Secretaria Municipal de Serviços Públicos, responsável pelo serviço.
A situação de cada uma das outras 33 árvores, também previstas no laudo do Departamento de Parques e Jardins (DPJ), será reavaliada, do ponto de vista técnico, durante este período de manejo.
Segundo o secretário de Serviços Públicos, Ernesto Paulella, a Prefeitura vai replantar 1.875 árvores para cumprir a legislação que determina que a cada uma árvore extraída, outras 25 devem ser replantadas. “Vamos replantar o número que for necessário no Bosque e o restante em praças da mesma bacia hidrográfica, ou seja, do Ribeirão Anhumas”, conta Paulella.
Uma das mais antigas áreas verdes de lazer de Campinas, o Bosque dos Jequitibás foi criado em 1884 por Francisco Bueno de Miranda que manteve grande parte da vegetação existente.
Adquirido pelo município em 1915, possui mais de 100 mil metros quadrados e cerca de 200 animais entre mamíferos, aves e répteis. Também tem um complexo de museus, Museu de História Natural, Casa dos Animais Interessantes e Aquário Municipal; o Teatro infantil Carlito Maia; entre outros espaços como parquinho e lanchonetes.
Histórico e morte
A polêmica envolvendo o manejo das árvores do Bosque dos Jequitibás é antiga e foi reforçada depois da queda de uma figueira em 28 de dezembro de 2022 que matou um técnico em eletrônica de 35 anos.
A árvore caiu sobre seu carro na Rua General Marcondes Salgado. A realização de um estudo técnico dentro do espaço foi motivada pelo acidente.
O Bosque está fechado desde 24 de janeiro, quando a queda de um eucalipto na Lagoa do Taquaral causou a morte de uma menina de 7 anos e determinou a interdição de todos os 25 parques públicos da cidade. A reabertura foi acontecendo aos poucos e hoje somente o Bosque dos Jequitibás e o Bosque dos Artistas seguem fechados.
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