Levantamento realizado pelo Departamento de Vigilância em Saúde (Devisa) da Prefeitura de Campinas mapeou as internações de pacientes de covid-19 nos hospitais de Campinas este ano. A Rede Mário Gatti é a que concentra a maior parte dos atendimentos e das internações por síndrome respiratória aguda grave (SRAG) nos hospitais públicos e privados de Campinas. Depois aparecem o Hospital PUC-Campinas, Centro Médico de Campinas, Casa de Saúde, do Hospital de Clínicas da Unicamp e Beneficência Portuguesa.
A rede Mário Gatti foi responsável este ano por 36,8% dos atendimentos para definir quem precisa de internação e por 29,4% das 12.279 hospitalizações de pacientes com suspeita ou confirmação de Covid-19.
Dos 3.619 pacientes com SRAG internados este ano na Rede Mário Gatti, 14,2% foram hospitalizados no Complexo Hospitalar Prefeito Edivaldo Orsi (Ouro Verde), 8,7% no Hospital Mário Gatti, 2,4% no Hospital Metropolitano, 1,6% na UPA Anchieta-Metropolitana. A UPA Campo Grande foi responsável por 1,3% das hospitalizações, a UPA São José por 1% e a UPA Carlos Lourenço por 0,2%.
Na segunda posição vem o Hospital PUC-Campinas, que respondeu por 9,5% do total, seguido do Centro Médico de Campinas (8,4%), da Casa de Saúde (8,1%), do Hospital de Clínicas da Unicamp (8,1%) e da Beneficência Portuguesa (8,1%). Os demais hospitais registram internações abaixo de 8%.
Para o presidente da Rede Mário Gatti, Sérgio Bisogni, o levantamento mostra a importância que as unidades vinculadas à Rede têm no enfrentamento da pandemia. “Apesar de todas as dificuldades, conseguimos estabelecer uma estrutura para garantir o atendimento aos pacientes em leitos de UTI e enfermarias”, disse.
Entre as medidas adotadas para ampliar a oferta de atendimento hospitalar, ocorreram a implantação de 15 leitos de UTI e 25 de enfermaria no Hospital Mário Gatti-Amoreiras (antigo Metropolitano). Também foram viabilizadas a implantação de 28 leitos exclusivos para Covid na UPA Carlos Lourenço, além da destinação de 55 leitos de UTI no Hospital Ouro Verde para receber pacientes com Covid.
A diretora do Devisa e responsável pelo levantamento, Andréa Von Zuben, observa que o diagnóstico de Covid é demorado e que, na maioria das vezes, há a confirmação da infecção pelo coronavírus. “Independentemente da confirmação, os pacientes internados com síndrome respiratória aguda grave ficam em UTIs ou enfermarias recebendo os cuidados necessários”, disse.
O levantamento do Devisa foi feito com base em número total de pacientes internados nas unidades, incluindo moradores de outros municípios que buscam atendimento em Campinas.