Dados da Secretaria Municipal de Saúde mostram que das 15.310 pessoas com confirmação para dengue em Campinas desde o início do ano, 1,9% precisou de hospitalização – cerca de 290 infectados pela doença. O aumento de internações, segundo a Saúde, não excedeu a capacidade do sistema de saúde público. Diferentemente da covid-19, a dengue costuma exigir uma internação curta, com tempo médio de até quatro dias.
Neste sábado (9), imóveis de nove áreas da região leste de Campinas receberam pela manhã o 6º Mutirão para a Prevenção e Combate à Dengue. A ação envolveu cerca de 100 agentes da saúde que visitaram imóveis dos núcleos residenciais Gênesis, Getúlio Vargas e Dom Bosco, Parque São Quirino, Jardim Santana, Vila Nogueira, Cafézinho, Jardim Nilópolis e Capadócia.
“Essas ações são importantes e intensificam, no final de semana, o enfrentamento da dengue. É importante que a população participe da prevenção, com a eliminação de focos do mosquito transmissor. Verificar, uma vez por semana dentro das casas e quintais, a existência de criadouros é fundamental para a gente reduzir a transmissão”, disse o prefeito Dário Saadi, que acompanhou a ação dos agentes de saúde.
O mutirão é multisetorial e contou com apoio de profissionais das secretarias de Serviços Públicos, Habitação, Educação, Assistência Social e de Trabalho e Renda, além da Guarda Municipal, Defesa Civil, Sanasa e Emdec. O balanço das ações será divulgado na segunda-feira, 11.
Casos
Campinas registrou 15.310 casos confirmados e três mortes até sexta-feira (8) e, pela primeira vez na história, a cidade tem a circulação simultânea dos sorotipos Den 1, Den 2 e Den 3.
Desde o início de outubro a cidade tem apresentado condições climáticas consideradas ideais para o desenvolvimento e proliferação do Aedes aegypti.
A Saúde também observou aumento de casos confirmados de dengue nas últimas semanas, e projeções indicam a possibilidade de a cidade alcançar o pico da epidemia no mês de abril, com estimativa de 100 mil casos, o maior número da história.
Campinas está em estado de emergência para dengue, desde a última quinta-feira (7). O município já teve, neste ano, dois casos importados de chikungunya. As pessoas se infectaram em Minas Gerais, estão bem, e não há circulação do vírus na cidade.